Os três primeiros anos de Bolsonaro no palácio da Alvorada conseguiram a destruição de quase 33,2mil km² da floresta amazônica o que representa um aumento de 56,6 % em relação ao triênio anterior, de acordo com o levantamento divulgado em dois de fevereiro pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).
Se existe um símbolo do governo Bolsonaro, deveria ser a serra elétrica ao contrário daqueles que pensam que somente o fuzil. Pois este governo tem tolerado, na verdade, e estimulado, a destruição das florestas brasileiras. Principalmente a Floresta Amazônica.
Essa política da destruição da cobertura vegetal brasileira se confirma com levantamento disponível para consulta no site da organização não governamental. O período estudado foi de agosto de 2018 a julho de 2021 e confrontado com o período anterior que englobou de agosto de 2016 a julho de 2018.
A primeira prova está nos dados relativos às terras públicas. Tanto que no triênio anual, 83% dos aproximadamente 16.650 km² de florestas desmatadas em terras publicas são da jurisdição federal enquanto o restante é de responsabilidade estadual.
Pelas categorias territoriais adotadas, as Florestas Publicas Não Destinadas, espaços pertencentes aos estados ou à União, logo ao povo brasileiro, foram as mais atingidas. Visto que passaram de uma média anual do triênio anterior de 1743 km² para mais de 3.228 km² anuais entre 2019 e 2021, ou seja, um aumento de 85%. Com o agravamento que no último ano, esta categoria concentrou 30% do desarborização no bioma amazônico.
Concomitantente verifica-se como a política da destruição dos povos indígenas é uma enorme realidade posto que nas Terras Indígenas a alta no desflorestamento foi de 153% em média em relação ao período anterior. Saindo dos 496 km² para 1255 km² atualmente.
Quando se vê os dados relativos ao desmatamento nas Unidades de Conservação tem-se outra confirmação da política neoliberal bolsonarista de destruição do patrimônio nacional. Nestas unidades ocorreu um aumento proporcional de 63,7% em cima de 2.195 km² de terras desmatadas relativo ao período de 2016 a 2018, alcançando a triste soma de 3.595 km² derrubados no período atual.
Em termos dos Estados a pior situação foi no Pará que concentra 43% do desmatamento seguido pelo Amazonas (18%), Mato Grosso (16%). O Acre foi aquele que perdeu a maior área de floresta proporcionalmente.
No relatório a atuação do governo Bolsonaro a favor dos grileiros e consequentemente aos latifundiários se revela pelas suas medidas nos últimos três anos: o enfraquecimento da governança ambiental, decorrente dos cortes orçamentários nas instituições responsáveis pela fiscalização; as substituições de diretores e de chefes de operação exitosas do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis); as alterações no processo de autuação e de flexibilização das penalidades aos infratores ambientais; a desmobilização das instâncias de governança e de participação social nas políticas públicas; e a desarticulação institucional nas operações de comando e controle decorrentes do fortalecimento do Exército Brasileiro para realizar a fiscalização.
Todas estas medidas comprovam como este governo é um serviçal dos latifundiários provocando a grilagem de terras, a especulação e o roubo do patrimônio público.
Para a superação desta política destrutiva urge não só a derrubada deste governo dos latifundiários mais igualmente impedir que os outros representantes dos latifundiários consigam chegar à presidência.
Logo é imperioso fortalecer a campanha por Lula Presidente através de uma grande mobilização popular que provoque um retrocesso das medidas citadas acima de modo a possibilitar ao povo efetivamente escolher como usufruir do patrimônio público e como preservar o meio ambiente nacional.