Desde a últimas quarta-feira (30) ocorreram manifestações violentas no município de Porto de Galinhas (PE) devido à morte de uma menina de apenas seis anos, baleada.
Segundo a polícia, Heloísa Gabrielle foi vítima de uma bala perdida no meio de uma troca de tiros com bandidos. No entanto, os moradores da comunidade Salinas acusam a polícia de ter assassinado a menina, pois teriam chegado ao local já atirando.
A partir daí, ônibus foram incendiados, placas e outdoors foram arrancados, vias foram bloqueadas com entulhos e lixos sendo incendiados e centenas de pessoas têm saído às ruas da cidade, revoltadas contra a polícia.
O enterro da menina também foi um ato político, assistido pelos moradores da comunidade em protesto contra a morte.
O governo reacionário e golpista de Paulo Câmara (PSB) enviou 250 policiais civis e militares para reprimir o povo a fim de “restabelecer a tranquilidade” dos turistas que visitam o balneário neste início de ano.
Mesmo assim, os protestos continuam e o clima na cidade é tenso. Os negros e trabalhadores de Porto de Galinhas dão o exemplo que deve ser seguido por todos os moradores das favelas e setores oprimidos de modo geral quando são alvo da brutalidade do Estado.
É preciso reagir com a fúria popular contra a polícia assassina, que não liga se está matando crianças, jovens, mulheres ou idosos. É preciso colocar abaixo a estrutura da polícia e dos órgãos repressivos do Estado através da mobilização popular.
Os trabalhadores e negros de todo o país veem em Porto de Galinhas um exemplo a ser seguido na luta contra seus inimigos.