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7 de setembro

Se Bolsonaro mobiliza sua base, Lula deveria mobilizar em dobro

Presidente fascista utilizou festejos da Independência para fazer campanha e colocar sua base em movimento contra os adversários

Neste 7 de setembro, bicentenário da Independência do Brasil, evento mais importante da história nacional, o presidente da república, Jair Bolsonaro, aproveitou para realizar uma série de eventos, mobilizar suas bases e polarizar a situação política. Enquanto isso, o candidato dos trabalhadores, da luta contra o golpe, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com seu comitê de campanha que já demonstrou ser falimentar, não mobilizou ninguém. Não houve comício, não houve grande evento. Por parte da esquerda, se viu atos muito diminutos, sem grande convocação.

As pesquisas, ainda considerando que refletem em grande medida as intenções dos institutos e financiadores que as pesquisam, reverberam um crescimento de Bolsonaro, o candidato secundário do golpe, e uma estagnação total da campanha de Lula. Se abriu margem para um golpe nas pesquisas, pois a campanha de Lula, sem mobilizar, permite à burguesia dizer que o apoio ao ex-presidente é menor do que de fato é, argumentando a paralisia da campanha, e justificando o aumento de Bolsonaro pela campanha que faz, estes sim dados da realidade.

A estratégia da burguesia, para viabilizar sua candidatura preferida, com Simone Tebet, é reduzir os números do petista, paralisar sua campanha com os setores direitistas que nela se infiltraram, e levar Tebet ao segundo turno, numa manobra. Assim, então, através da campanha do “mal menor”, “contra o fascismo”, levar a esquerda a apoiá-la, como com Joe Biden, nos EUA.

Uma campanha reprimida por cima

A campanha de Lula vai muito mal. Isso fica refletido não apenas nas ruas, como também foi evidente no debate da Band. Ao passo em que Bolsonaro é atacado na imprensa e o foi no debate, ele responde, eleva o tom, vai para o ataque xingando os adversários, fazendo piadas, desdenhando das críticas, mobilizando sua base em comícios, etc.; a campanha de Lula, por sua vez, está engessada pela ala direita, burocrática do PT, pelo PSOL e pelos “aliados” de direita, como o PSB, que controlam a campanha, impedindo a conexão do maior líder popular do país com a classe operária, barrando suas falas, amenizando seu tom, acabando com o radicalismo do que é a candidatura dos trabalhadores, dos explorados do país.

Lula elogia o abutre Ciro Gomes, a golpista e latifundiária Simone Tebet e, como resposta, tem ataques ferozes dos golpistas, por óbvio. A direção de campanha orienta o companheiro Lula a buscar se alinhar à verdadeira latrina da política nacional que é a direita golpista tradicional. Nesse passo, a campanha é a caminhada para o enterro da candidatura dos trabalhadores. Lula é chamado de ex-presidiário, mas não polariza, não fala no golpe. A campanha deveria colocar claramente: é Lula ou os golpistas, pois é essa a característica de todas as outras candidaturas à presidência. Ao invés disso, a burocracia da campanha levou o PT a se alinhar a toda a sorte de golpistas, e colocando Alckmin como vice na chapa, para o desgosto de qualquer trabalhador brasileiro.

Nas redes, a campanha de Lula fala em amor, em identitarismo. O povo trabalhador brasileiro passa fome. Mais da metade da população, segundo dados de diversas pesquisas, que apontam a “insegurança alimentar” (leia-se: fome) como atingindo mais de 120 milhões de brasileiros. O trabalhador sofre no desemprego, na miséria e na desilusão. A campanha de Lula fala em amor. O descompasso é impressionante. A campanha é uma festa, uma certeza de vitória, iludida, enquanto a população está na rua da amargura. Ela não se conecta com o que sente o povo.

O caminho é pela base!

Os trabalhadores querem ver Lula engrossar o tom, representar de fato seus anseios, sua revolta! Denunciar o golpe, que acabou com as condições de vida da população, a reforma trabalhista, reforma da previdência, destruição da Petrobrás. Chamar os golpistas pelo que são: funcionários dos EUA e dos bancos todos eles! Os trabalhadores querem uma campanha vermelha, como comícios todos os dias possíveis, por todo o país, comícios de verdade, sem filas para revistas e entradas bem delimitadas cheias de seguranças. A campanha deve ser aberta à classe operária, que anseia por ela. A CUT, o MST, toda a base do PT deve ser convocada à luta contra o golpe, pela campanha de Lula presidente, por um governo dos trabalhadores! Aumento real do salário mínimo, geração de empregos, fim das privatizações, reestatizações, é isso que vai salvar a campanha de Lula!

Apenas pela mobilização das massas, com panfletagens vermelhas em cada bairro do país, em cada cidadezinha, é assim que Lula vai ganhar. Polarizando, mostrando que ele é o real candidato anti-sistema. Foi contra ele que o golpe foi montado. Foi contra as bases dele que as forças do golpe se chocaram nas ruas, e é contra essas forças golpistas que sua base deve se chocar novamente, pela candidatura operária, por Lula presidente!

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