–Sputnik – O Ocidente deseja arrastar ao máximo as hostilidades na Ucrânia a fim de enfraquecer a Rússia, afirmou nesta quarta-feira (21) o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, durante uma reunião com o presidente do país.
“Uma preocupação particular é causada pela amplificação da presença avançada da OTAN perto das fronteiras da Federação da Rússia e da República de Belarus, bem como a aspiração do Ocidente de arrastar ao máximo os combates na Ucrânia a fim de enfraquecer o nosso país”, ressaltou.
A Ucrânia recorre a métodos de combate proibidos, incluindo elementos de chantagem nuclear, mas os países ocidentais não os notam, disse Shoigu.
“A liderança ucraniana recorre a métodos proibidos de combates, incluindo ataques terroristas e assassinatos encomendados, bombardeando civis com armamentos pesados. Os países ocidentais estão tentando ignorar tudo isso, assim como os elementos da chantagem nuclear – por exemplo, provocações contra a usina nuclear de Zaporozhie e o cenário de preparação de uma chamada bomba nuclear suja”, declarou o ministro.
Segundo ele, os militares russos na Ucrânia resistem às forças conjuntas do Ocidente. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos e seus aliados continuam e enviar armas a Kiev, treinar militares, fornecer informações de inteligência, enviar conselheiros e mercenários e travar guerra de sanções e informação contra a Rússia.
Rússia iniciou trabalhos de implantação de avançado míssil balístico intercontinental RS-28 Sarmat, disse Shoigu durante a reunião ampliada do conselho do Ministério da Defesa nesta quarta-feira (21).
“Lançamentos bem-sucedidos do novo míssil da classe pesada do complexo de mísseis Sarmat durante os testes estatais permitiram iniciar os trabalhos de sua implantação”, afirmou.
Segundo Shoigu, o sexto satélite russo Kupol lançado em 2022 permite o monitoramento contínuo de áreas sensíveis a mísseis no Hemisfério Norte.
No decorrer da reunião, o ministro russo declarou também que, levando em consideração a expansão da OTAN e o reforço das capacidades dos países da Aliança Atlântica, exige a tomada de medidas de resposta de criação de um agrupamento apropriado de tropas no noroeste da Rússia.
“Dada a aspiração da OTAN em reforçar suas capacidades militares perto das fronteiras russas, bem como se expandir por conta da Finlândia e Suécia, é necessária a tomada de medidas de resposta de criação de um agrupamento apropriado de tropas no noroeste da Rússia”, disse Shoigu.
Além disso, ele ressaltou que é necessário formar três divisões de infantaria mecanizadas, inclusive nas regiões de Kherson e Zaporozhie e na região de Carélia.
Durante a reunião, Shoigu relatou o início das entregas em série de mísseis hipersônicos Tsirkon de baseamento naval à Marinha da Rússia. Segundo ele, a Marinha russa recebeu um submarino de última geração, seis navios de superfície, três lanchas de combate, 11 navios de abastecimento e dois sistemas de mísseis costeiros.
Além disso, o ministro da Defesa russo declarou que mais de 250 mil militares obtiveram experiência de combate no decorrer da operação militar especial.
