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Análise do PCO

Rui: “o governo Lula surgiu independentemente da burguesia”

Na Análise Política da Semana, o presidente do PCO avaliou o caráter do novo governo Lula

Para Rui Costa Pimenta, houve uma “virada na campanha de Lula no segundo turno”. O segundo turno evidenciou a defasagem entre o que Lula estava fazendo e o que a campanha estava fazendo. 

Segundo o presidente do PCO, a intervenção de Lula focou no ataque dos problemas sociais com propostas totalmente diferentes do primeiro turno, que modificaram o ritmo da campanha. Lula foi eleito, portanto, com o voto popular. O próprio Lula orientou a campanha para o sudeste, percebendo ser necessário os votos do trabalhador do Sudeste, pois o nordeste, como demonstrado no 1º turno, não bastaria. O Sudeste acabou por garantir mais votos a Lula que o Nordeste, jogando por terra as teorias de divisão nacional e de que Lula teria sido apoiado pelo imperialismo, pois a campanha se dirigiu de maneira direcionada à classe operária.

Ele abordou o assunto na última Análise Política da Semana, realizada no sábado (05) e transmitida pela Causa Operária TV – canal reserva.

As contribuições eleitorais para Bolsonaro e para Lula no segundo turno demonstraram o lado da burguesia, sendo o apoio recebido pelo PT uma operação de reciclagem dos políticos da 3ª via. Essa é a opinião do PCO.

Milhares de denúncias de coação eleitoral pelos patrões em defesa de Bolsonaro foram realizadas. A ausência de atividade do Alexandre de Moraes e do TSE no 2º turno, inclusive no chamado combate às fake news, também foi uma realidade. As blitz da PRF demonstram o mesmo: a burguesia apostou tudo em Bolsonaro. Ou seja, a vitória foi fruto da mobilização popular. “O governo fruto da eleição, então, não é um governo dependente da burguesia, mas um governo de esquerda, de tipo nacionalista, pois surgiu independentemente da burguesia, apesar das ilusões de membros da direção do PT”, disse.

Os partidos que começam a falar que o governo Lula é um governo do imperialismo são partidos como PSTU, PCB, UP. “Isso não faz sentido, eles chamaram a votar no Lula”, protestou Rui. “A explicação deles, é que se o fascismo está de um lado, você vota no candidato oposto ao fascismo, mesmo que seja o candidato do imperialismo, uma tese completamente anti-marxista. O fascismo é uma política do grande capital imperialista, se o Lula fosse o candidato do imperialismo, ele seria uma ponte para o fascismo. Mais que isso, se Lula fosse o candidato do imperialismo, seria o candidato mais reacionário da eleição e, além disso, seria um candidato anti-operário. O que vemos é uma preparação para manobra semelhante à que derrubou Dilma”, continuou.

Essa posição espelha o PCB contra o Vargas, quando os stalinistas brasileiros disseram ser um governo de direita e o maior representante do imperialismo no Brasil. Vargas acabou por ser derrubado por um golpe imperialista apoiado pelo PCB. Ao ver a reação das massas ao golpe, só então o PCB mudou de posição. Essa esquerda fará a mesma coisa, na opinião do jornalista e militante político.

Rui Costa Pimenta também avaliou que a polarização não está desfeita, o país está dividido, sendo a maioria dos governadores e do congresso de direita. O centro desapareceu, e se aproxima do PT para sequestrar o futuro governo. O bolsonarismo está presente, organizado, e conta com um apoio decidido de parte expressiva da burguesia. É preciso considerar que boa parte da população não votou no PT, que é de direita e que boa parte dessas pessoas são trabalhadores. “Achar que são todos loucos é uma política capituladora e isolacionista”, disse.

“Do mesmo jeito que a burguesia quer fazer do governo do PT um governo do PSDB, nós queremos fazer do governo do PT um governo dos trabalhadores”, apontou Rui em seu programa semanal.

Concluindo, afirmou que a pressão será decidida pelo movimento. Portanto, não é correta a conclusão de apoiar todas as medidas do governo para dar sustentação a ele. “É necessário criticar cada concessão, e organizar uma luta para puxar o governo à esquerda. Os sindicatos, da mesma forma, não podem ficar atrelados ao governo, mas adotar uma política pelos trabalhadores, também no sentido de pressionar fortemente o governo à esquerda”, terminou.

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