Os companheiros dos Judeus pela Democracia atuam de forma caluniosa ao acusar o PCO tanto de antissemitismo quanto de negacionismo, que dão a entender ser do Holocausto. Escamoteiam o debate e o conteúdo das declarações do presidente do nosso Partido, Rui Costa Pimenta. Como marxistas, não achamos algo racional, muito menos aceitável, ter qualquer tipo de preconceito por razão de raça ou religião. O caso do negacionismo é também uma calúnia, o massacre de judeus ocorreu bem como foi denunciado pelos comunistas que descobriram o horror nos campos.
O companheiro Rui foi cristalino na sua denúncia de um lobby pró-Israel e em favor de determinados interesses de capitalistas judeus que não necessariamente são israelenses. É inegável que os capitalistas judeus e israelenses montaram um poderoso aparato de propaganda que influencia de forma decisiva a política norte-americana.
Acusar um partido de esquerda de ser antissemita por levantar os mal-feitos do Estado de Israel e de capitalistas intimamente ligados ao imperialismo norte-americano é um absurdo, ainda que não seja novo. O líder da esquerda trabalhista no Reino Unido está sendo perseguido em uma falcatrua similar.
Se o coletivo Judeus pela Democracia se propõe a defender a democracia no Brasil e os direitos do povo, deveria fazê-lo primeiro por se distanciar da política genocida do Estado de Israel, depois por distanciar-se dos fortes interesses capitalistas envolvidos. Confundir intencionalmente a nossa crítica a um Estado genocida e a interesses capitalistas (que, como interesses capitalistas de qualquer natureza, são profundamente negativos) com um negacionismo do Holocausto e um preconceito por razões étnico-religiosas acaba por fazer justamente o contrário.
A nota é mais um triste capítulo da reação de setores de esquerda às nossas declarações defendendo a liberdade de expressão e consciência. É importante lembrar que somos defensores intransigentes da liberdade de expressão, consciência e religiosa, bandeiras que são muito caras a vários judeus de esquerda como bem lembrou o jornalista judeu Glenn Greenwald, que tem posição bastante similar à nossa. Sabemos que pessoas perseguidas sempre foram as maiores defensoras dos direitos, é triste ver que entidades representantes dos judeus tenham esquecido o passado recente deste povo e esta bandeira histórica.