Atleta campeão o Brasil faz em casa! Terminou nesta semana o Campeonato Mundial de Ginástica Artística e, como de praxe, a atuação dos brasileiros merece destaque. Se no âmbito masculino quem se destacou foi Arthur Nory, chegando ao pódio na barra fixa, quem recebeu todos os holofotes foi a atleta do Clube de Regatas do Flamengo: Rebeca Andrade.
Representando todos os brasileiros, ela conquistou, em Liverpool, medalha de bronze no solo e ouro no individual geral, fazendo história no campeonato que aconteceu. Rebeca fez história porque, apesar de possuir notáveis atletas, como os irmãos Hypólito, Daiane dos Santos e tantos outros nomes, foi a primeira vez que garantimos medalha de ouro no individual geral, prova mais nobre da ginástica. Seu técnico, Francisco Porath, afirmou que o nível de sua atleta “deixa até a sua própria equipe assim”; no caso, atônitos e impressionados com o tamanho da qualidade da brasileira.
A nova número 1 do mundo, durante a competição, não saiu do primeiro colocado em sequer um momento, dada a magnificência de sua atuação. Todas as suas rotações foram completas, possuindo apenas uma pequena falha nas barras assimétricas mas que foi rapidamente consertada pela atleta. Rebeca abriu, no fim, um ponto e meio em cima de Shirley, americana que ficou com o segundo colocado, o que significa que a diferença foi tão considerável que mesmo se a brasileira tivesse tido uma queda completa em alguma rotação, teria continuado com o primeiro colocado.
Apesar da história feita por Rebeca Andrade, o que também está marcado nos livros é o sucesso e a qualidade esportiva dos outros ginastas brasileiros. Os já mencionados anteriormente Daiane dos Santos, Diego e Daniele Hypólito somam com Laís Souza, Merly de Jesus, Camila Comin, Ana Paula Rodrigues, Thais D’Almeida, Arthur Nory, Arthur Zanetti, Caio Souza, Francisco Júnior, Luis Guilherme Porto, Lucas Bittencourt e Péricles da Silva na hora de marcar presença na lista oficial dos melhores ginastas do mundo. É tradição brasileira chegar forte para as competições, tanto nos campeonatos mundiais quanto nas próprias Olimpíadas.
Daiane, Diego e Daniele possuem marcas também históricas nos solos, com dois ouros e uma prata, além da própria Rebeca Andrade, que já indicava os frutos que seus treinamentos trariam quando, no começo do ano, chegou na final de uma competição e garantiu o segundo lugar no individual geral.
Apesar do futebol brasileiro ser glorioso, nem só de bolas vivem os atletas nacionais. Para entender a importância do cenário brasileiro nos esportes precisamos olhar, também, para o atletismo, a ginástica e as demais modalidades onde nossos atletas enxergam uma oportunidade de representar o Brasil, de crescer no ramo esportivo e disputar frente à frente com as potências imperialistas.
