Com um claro e objetivo programa operário, marxista e revolucionário, embasado na formação teórica e prática de seus militantes, o Partido da Causa Operária (PCO) vem sendo de forma justa considerado um partido de esquerda raiz, pois suas análises são profundas e retratam a origem dos problemas da sociedade capitalista, que será definitivamente sucedida pela socialista, que libertará a classe trabalhadora de toda opressão atual.
Expulso do PT por não concordar com suas nefastas alianças com a burguesia, o PCO vem se destacando por sua militância aguerrida, marxista, comprometida com um verdadeiro programa da classe operária, anti-imperialista e internacionalista.
Seus acertos ficaram mais evidentes e claros a partir de sua análise do Golpe de Estado planejado no país pela direita desde o julgamento do mensalão, quando o PCO denunciou a armação e aberração jurídica que fora esse processo. O chamado mensalão teve como consequência a ilegal prisão e exclusão da vida político-nacional de quadros políticos importantes do PT, como José Genoíno e José Dirceu.
O partido continuou crítico ao programa reformista e de apaziguamento com a burguesia e sinalizou que, apesar dessa política, a reação retrógada da burguesia viria mais cedo ou mais tarde, exceto se tivéssemos uma forte mobilização popular em defesa do governo e dos direitos democráticos da população. Essa organização da classe trabalhadora poderia ser feita pelo maior partido da esquerda, o PT, mas essa tarefa ficou aquém do desejado.
Lutando para ser um partido de massas e mobilização popular, o PCO conseguiu evoluir bastante na mobilização popular, uma tarefa fundamental para organizar a classe trabalhadora na sua luta contra a burguesia e preparação revolucionária. Nessa disciplina partidária, o partido acertou ao reiteradamente chamar a atenção de todos para a iminência do Golpe de Estado em 2016, o que de fato fora consumado e ainda previu a prisão do maior líder sindical do país, Luiz Inácio Lula da Silva, cujo encarceramento era fundamental para o imperialismo colocar seu plano de dominação em vigor. Boa parte da esquerda não acreditou na prisão do petista e, quando efetivada, não lutou contra o crime político e nem defendeu sua liberdade, papel esse realizado pelo PCO desde o início do golpe contra Lula.
Alertamos a continuidade do golpe nas eleições de 2018, quando ilegalmente não deixaram Lula se candidatar. Esta eleição sem ele foi mais uma etapa do golpe, que seguiu elegendo o fascista Jair Bolsonaro (PL), contra o qual o PCO desde antes de sua vitória manipulada já lançava a campanha do Fora, Bolsonaro. A esquerda pequeno-burguesa, confusa e a reboque da direita imperialista, não abraçou a campanha e viu, omissa, Bolsonaro e aliados continuarem o golpe e aprovar a entrega do patrimônio nacional, atacando os direitos dos trabalhadores e fazendo a fome retornar com toda força contra o povo brasileiro.
Na pandemia, o PCO mostrou-se mais uma vez ser uma luz no campo da esquerda e propôs um programa de fato democrático e protetor para todo o povo brasileiro para enfrentar o caos social e sanitário que seria provocado pelo Covid-19. Nesse período, Bolsonaro e toda burguesia só se preocuparam com os exorbitantes e imorais lucros bancários, enquanto o povo morria em massa nos hospitais, com falta de oxigênio, de máscaras, de vacinas e condições dignas para os trabalhadores da saúde.
A situação só veio atenuar depois da pressão da sociedade para que o governo implantasse os insuficientes auxílios emergenciais, cujo saque fora realizado após humilhantes filas quilométricas pelo país afora. Pagamos pela crise, mas continuamos chamando o povo para a luta, para se mobilizar em prol da conquista de direitos e para derrotar a burguesia e seus capachos.
Agora, depois de mais de 600 mil mortos pelo Coronavírus, com a inflação, a fome, o desemprego e a violência assombrando o povo brasileiro, o PCO acerta mais uma vez ao apoiar incondicionalmente Lula como o único candidato capaz de derrotar esse golpe e o avanço das políticas fascistas do governo Bolsonaro. A esquerda parlamentar titubeou mais uma vez, segue timidamente defendendo a campanha de Lula, apenas por oportunismo e para surfar na popularidade do ex-presidente e continua a reboque da direita golpista, tida como “civilizada”, mas levando a esquerda a se acomodar com as pesquisas realizadas pela burguesia, esfriando a mobilização política enquanto Bolsonaro turbina suas massas mais radicais para tentar levar a eleição para o segundo turno e manter a crise política e social vigente há 7 anos.
É preciso estimular e organizar as massas para a mobilização em torno da campanha de Lula, sua posse e futuro governo, sempre o forçando a caminhar para a esquerda, construindo um governo dos trabalhadores, que desfaça todas as privatizações e reformas nefastas contra o povo brasileiro.
Quem de fato é de esquerda precisa combater o imperialismo e toda sua pauta violenta contra nosso patrimônio nacional e os direitos democráticos. Precisamos defender a Amazônia, a Petrobrás, reconquistar a Eletrobrás e reassegurar todos os direitos políticos e sociais roubados pela burguesia.
Viva o PCO e toda classe operária em prol de um governo socialista e dos trabalhadores!
