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Qual a relação da história do País com desmatamento na Amazônia?

Rui Costa Pimenta ministra aulas todas as terças-feiras, que você pode assistir online na plataforma de cursos do PCO

Há cerca de dez dias, o Brasil comemorou os 200 anos de sua independência. Talvez o maior marco na história do país pois, é a partir daí que nasce o país como hoje conhecemos. Um dos maiores países do mundo em território e em população, com uma infinidade de riquezas naturais que fazem inveja a qualquer povo.

Dentre estas riquezas está a Amazônia, um território gigantesco, que abrange um terço (1/3) do território do continente sul-americano, abriga a maior biodiversidade animal e vegetal do mundo com mais de 5,5 milhões de quilômetros quadrados, aonde mais de 60% destes são brasileiros. Além disso, representa cerca de 1/3 do território do Brasil, ou seja, um espaço essencial para tornar o país o gigante que é hoje.

Mas, apesar destes serem fatos amplamente conhecidos, ultimamente tem surgido posições estranhas de ditos ecologistas ou entusiastas do tema que questionam uma Amazônia brasileira, que o desmatamento é algo que não aconteceria se o território não fosse brasileiro, chegando a propor que houvesse uma “administração internacional” para a região.

A história da Amazônia é a história do Brasil

Em primeiro lugar é preciso deixar claro que a Amazônia é um território que só existe como conhecemos graças à história do Brasil. A exuberância da floresta equatorial amazônica todo o seu grau de preservação, só está preservado em grande medida pois a maior parte do seu território faz parte de um país que, na sua fundação, não se “espatifou” que manteve sua unidade política, mantendo a unidade do seu território e do seu povo.

Vendo por outro lado, caso no processo de independência da metrópole portuguesa, o Brasil, tivesse se tornado uma série de pequenos países, uma coisa seria simples de prever: um país que tivesse seu território todo dentro da floresta amazônica, não teria outro meio de se desenvolver se não destruindo boa parte bioma, principalmente, porque seguindo a lógica do desenvolvimento econômico da região, seriam países pequenos e pobres, aonde os recursos naturais seriam o principal recurso econômico do país.

Entretanto, no processo de formação do país, a Amazônia foi preservada na unidade territorial nacional e, se por um lado não possui grande desenvolvimento econômico e social para seus habitantes, por outro o país se desenvolveu sem precisar acabar com todo o bioma.

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Contradição econômica explica o desmatamento

Outro ponto a ser destacado, é que o desmatamento, a exploração mineral e vegetal de forma predatória só acontece exatamente devido ao baixo nível de desenvolvimento econômico da região. O que faz com que seus cerca de 25 milhões de habitantes tenham que lançar mão de todo o tipo de atividade que gere o mínimo de sobrevivência, mesmo que com alto custo no ambiente que vive. Para boa parte a conta é simples, sem trabalho, com renda baixíssima, não há como “abrir mão” de nenhuma atividade econômica.

Entretanto, é por este mesmo motivo que o Brasil, o Estado brasileiro é o único que pode desenvolver a região sem destruir a floresta. Como um país complexo com grandes necessidades materiais e humanos para manter sua economia, criar e implantar uma política de desenvolvimento para a região amazônica que esteja integrada à economia nacional é uma tarefa relativamente simples.

No Brasil há ainda um dos maiores parques industriais do mundo, com grande diversidade produtiva e uma classe trabalhadora desenvolvida, combinação que pode construir qualquer bem ou equipamento, além de um grande mercado consumidor. Essa combinação permitiria que fossem escolhidos tipos de indústrias, serviços e planejada a infra-estrutura combinadas com outras áreas do país de forma a manter preservadas boa parte do meio ambiente atual.

Também devemos destacar que, o Brasil nunca foi “livre” para se desenvolver, desenvolver sua economia e fazê-la atender as necessidades materiais da sua população. E este fato se deve em primeiro lugar a ação da burguesia internacional imperialista que sempre agiu para impedir o progresso da nação. Podemos citar a luta para a criação da Petrobrás, a qual somente ocorreu após anos de uma campanha nacional para que a grande riqueza do século XX fosse explorada a bem do país, a campanha “O Petróleo é nosso”. Devemos lembrar também as lutas no começo do século XX quando o país auferia grandes recursos com a venda de café, indústria que afundou com a crise de 1929, a indústria da borracha, a luta pelo nascimento da indústria de base como a CSN, a construção de grandes hidroelétricas nos maiores rios, entre outras. Todos estes eventos foram acompanhados por sabotagens, campanhas na imprensa burguesa e campanhas políticas, criadas fora do país para impedir que o país superasse as contradições econômicas entre as suas diversas regiões. É claro, que a burguesia nacional foi parceira da burguesia imperialista nestes ocorridos.

Por último é preciso destacar que, como todo riqueza material, a Amazônia é um território riquíssimo em termos vegetais, animais e minerais e esta riqueza é enormemente cobiçada por grandes capitalistas em todo o mundo, que vêm incontáveis oportunidades de exploração destes recursos para auferir lucros gigantescos. E este é o perigo concreto do qual todos os brasileiros estão diante. Recursos como a água, terras raras, minerais, petróleo, gás estão entre os recursos naturais mais cobiçados no mundo e o Brasil os têm em abundância, principalmente, na Amazônia. Desta forma, é preciso estabelecer imediatamente um programa de luta pelo território como parte fundamental do país, embasado numa política de desenvolvimento nacional, que inclua os brasileiros que vivem nas regiões e exclua inexoravelmente todo e qualquer interesse estrangeiro na região que é território brasileiro e “ponto final”.

Este tema você pode acompanhar melhor e entender todos os ângulos do problema, participando do curso “Brasil 500 anos: uma análise marxista” disponível na plataforma da Universidade Marxista do PCO. O curso está no seu segundo módulo e conta com aulas ao vivo todas as terças-feiras, mas você pode acompanhar posteriormente ou a qualquer tempo o arquivo em vídeo, assim como as aulas anteriores.

Acesse a plataforma abaixo e participe do único curso da história do Brasil sob um ponto de vista marxista.

https://universidademarxista.pco.org.br/

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