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Fim da aliança?

PT não cede a chantagens e PSB ameaça romper federação

O Partido dos Trabalhadores vê cada vez mais distante a possibilidade de formar uma Federação com o PSB.

Torna-se cada vez mais evidente o papel do PSB nas eleições deste ano. O Partido Socialista Brasileiro está discutindo uma Federação Partidária com o PT desde o ano passado, suas exigências, porém, eram absurdas, deixando pistas e evidenciando, para quem conseguir enxergar, que essa possível aliança não passa de mais um artifício da burguesia para dificultar a candidatura de Lula.

A Federação Partidária foi a mais nova cartada do TSE para dificultar a corrida eleitoral. Entre outras coisas, uma federação faz com que dois partidos se unam durante o período de quatro anos com um mesmo programa, atuando unitariamente no Congresso. Embora esses partidos mantenham independência financeira e operacional internamente, o Fundo Partidário, outra medida absurda do TSE, será divido entre a Federação. Isso porque nacionalmente os dois partidos agirão como uma só legenda.

Para o PT formar uma Federação com um partido como o PSB, menor e que assume constantemente posições golpistas, significaria se proteger da cláusula de barreiras, contudo, também significaria ser puxado pelo polo direitista que cresceria com a chegada de parlamentares do PSB. Já para o PSB seria um excelente negócio, pois estariam aliando-se com um dos maiores Fundos Eleitorais do país e uma das maiores bancadas, fora as chances de estar na Federação que elegerá o presidente do Brasil, Lula lidera com larga folga as pesquisas eleitorais. Entretanto, o PSB não tem o mínimo interesse, assim como o resto da burguesia, em um governo Lula, isto está fora de questão. Só mediante uma vitória acachapante do Partido dos Trabalhadores é que poderíamos esperar uma aliança “genuína” da parte do PSB, seria, no entanto, mais uma imposição da política do que vontade dos líderes da legenda.

O Partido Socialista Brasileiro cumpre um papel no esquema geral do imperialismo que deu um golpe no Brasil. Em 2016 votaram à favor do impeachment da presidenta Dilma e aliaram-se ao golpe levado pelo PSDB e pelo PMDB junto à Lava-Jato. Mais recentemente, em Pernambuco, o partido realizou uma campanha de esgoto contra a candidata do PT, Marília Arraes (PT/PE), para eleger João Campos.  Esse papel é o de atravancar a campanha de Lula à presidência.

As negociações já estão acontecendo desde o ano passado. Lula e o PT pensaram no nome do direitista e ex-governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, como vice na chapa à presidência, e para isso queriam que o político, atualmente sem legenda, fosse para o PSB, com quem formariam a Federação. Primeiro é preciso ressaltar que o PT e Lula não ganham absolutamente nada formando uma chapa com Geraldo Alckmin, pelo contrário, perdem um apoio de uma parcela mais sectária da esquerda além de desencorajar sua própria militância a fazer a campanha da rua. Também as exigências tem sido absurdas, O PSB exigiu o apoio do PT à candidatura de governadores nos principais estados do Brasil, Pernambuco, onde o ex-senador, Humberto Costa, liderava as pesquisas, Rio de Janeiro onde o candidato do PSB será Marcelo Freixo, mas sobretudo em São Paulo.

Exigir apoio à candidatura de Márcio França (PSB-SP) em São Paulo, sendo que o PT já deixou claro que não abrirá mão da candidatura de Fernando Haddad, que está muito à frente nas pesquisas, é absurdo! O PT foi insistente; estão dispostos a ceder todas as candidaturas ao governo com exceção dessa. Fica claro que o PSB não quer concretizar um acordo, somente atrapalhar a campanha de Lula. Na imprensa burguesa PT é apresentado como hegemônico e indisposto a negociar, mas a verdade é a oposta, em nenhum lugar do mundo seria normal esperar que o partido mais forte fizesse tantas concessões para formar uma aliança. No Brasil, quando se trata do PT, o normal para a burguesia é esperado que o mais fraco dê as cartas e o Partido dos Tralhadores aceite calado.

Ainda que desejem formar a Federação, Lula e o PT estão cada vez mais convencidos de que será inviável dado às exigências. Até mesmo se cedessem a essa absurda demanda pelo governo de São Paulo, muito caciques regionais, ainda sim, continuariam impondo resistência. Em Pernambuco, estado governado pelo PSB há 16 anos, o Prefeito de Recife, João Henrique Campos (PSB-PE) não está disposto a apoiar qualquer candidatura de sua prima, e contra quem fez uma campanha suja nas últimas eleições municipais,  Marília Arraes (PT). No Espírito Santo, Renato Casagrande(PSB-ES), não quer o apoio da esquerda, e já está se reunindo com a direita, tendo inclusive um encontro marcado com o golpista, candidato a presidência e ex-juiz da Lava-Jata, Sérgio Moro.

Resta ao PT romper a Federação e deixar claro que não aceitará chantagens e sabotagens a sua campanha eleitoral. O partido precisa se colocar enquanto única opção da esquerda na eleição presidencial e buscar acenar mais para o seu eleitorado de esquerda, que é de onde virá a verdadeira força da campanha de Lula. Abandonar Alckmin consultar a base para a escolha de um vice seria uma importante aceno para seu eleitorado o colocaria preparado e em pé de guerra contra a campanha suja está por vir.

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