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Caso Piquet

PSOL só defende os negros ingleses, e não os brasileiros

Esquerda pequeno-burguesa se solidariza conforme dita a imprensa capitalista

Na última semana, o ex-piloto de Fórmula 1, Nelson Piquet, foi criticado por um vídeo de 2021, durante entrevista ao jornalista Ricardo Oliveira, no qual fez um comentário ao narrar uma manobra de Lewis Hamilton e usou a palavra “neguinho” para se referir ao heptacampeão mundial de F1. Está sendo amplamente criticado pela sua colocação e, recentemente, acusado legalmente pelo crime de racismo.

O próprio Hamilton já publicou e condenou a fala em suas redes sociais. O Príncipe Harry, da Inglaterra, promoveu sua postagem e todos pareciam “saciados” com a resposta, menos os identitários brasileiros, o PSOL.

“Imagina”
E se Lewis Hamilton apenas tuitasse ‘Quem diabos é Nelson Piquet?’ e fechasse o Twitter”

Não satisfeitos com as manifestações do piloto nas redes, parlamentares do PSOL foram ao Ministério Público (MP) contra a fala de Piquet. Mais uma vez, recorrendo às leis da burguesia para tentar punir uma pessoa por, simplesmente, falar. Afinal, independente do conteúdo, o que Piquet fez foi falar utilizando um maneirismo que, inclusive, é típico da língua portuguesa no Brasil.

Aqui, devemos nos perguntar. O que fizeram, por exemplo, pelas duas últimas chacinas que a PM promoveu nas favelas do Rio de Janeiro? Ou acerca do torturador do camburão com gás da PRF? Finalmente, não fizeram nada senão demagogia com a luta do povo negro contra a polícia assassina.

Tampouco procuram se esforçar para denunciar o que vem ocorrendo com o índios Guaranís-Kaiwoás no Mato Grosso do Sul, que estão sobrevivendo na miséria, em barracos de lona, sem água potável e servem de alvo para a PM e pistoleiros dos latifundiários amigos da Simone Tebet da região.

É certo e claro que sua política vem diretamente da Casa Branca. Afinal, eles se mobilizam conforme dita a imprensa capitalista. A pauta é superficial: no caso Dom Phillips, que era inglês, a esquerda também ficou histérica, irracional. Até carta de doação da Amazônia o PSOL entregou a Joe Biden e ao imperialismo, longe dos interesses do povo brasileiro.

Outra prova disso é que se preocupam mais com gritar contra palavras de Piquet do que contra o desemprego, a inflação absurda, o cerceamento das liberdades democráticas, a privatização da Petrobrás, Eletrobrás e tantas outras causas urgentes para serem fortemente combatidas no congresso e nas ruas do País com ampla mobilização da classe trabalhadora.

Essas organizações “atreladas” ao partido de Boulos, que têm mais vertentes do que “gremlins”, demonstram cada vez mais que estão de mãos dadas com ONGs e instituições fundamentalmente atreladas ao imperialismo. Operação que, no final, visa controlar e derrubar a luta da classe operária brasileira.

O PSOL apresentou uma representação na Câmara dos Deputados que acusa Piquet de praticar o crime de discriminação ou preconceito. Foi encabeçada pelas deputadas do PSOL Áurea Carolina, Talíria Petrone e Vivi Reis. Piquet chegou a se desculpar por meio de nota oficial após a repercussão negativa e uma resposta pública de Hamilton, que pediu que não fosse mais dado espaço a “velhas vozes”.

Na última sexta-feira (01), porém, um trecho inédito divulgado pelo portal Grande Prêmio mostrou que o ex-piloto também fez uma fala homofóbica na ocasião, reacendendo as críticas.

Todavia, o ponto é que não é necessário levar esse tipo de discussão para uma estância criminal no Ministério Público. A liberdade de expressão está aí para isso, para que as pessoas possam discordar, denunciar e criticar falas como a de Piquet conforme as suas próprias vontades e ideologias. A criminalização desse tipo de situação, antes de qualquer coisa, cria um clima policialesco que, no final, representa o fim da liberdade de expressão, como temos visto recentemente no caso STF x PCO.

No final, essa cruzada do PSOL contra os direitos democráticos não avança em nada a luta pela emancipação da classe operária brasileira. Antes de qualquer coisa, serve para atacar esta luta e reprimir ainda mais o povo por meio do aparato repressivo do Estado burguês.

E mais: o que não falta no Brasil – e no mundo – são problemas reais a serem resolvidos. É o caso do desemprego e da fome, por exemplo. Diferente de palavras, essas questões sim matam os trabalhadores diariamente no País. Todavia, o PSOL só vai para cima de determinada pauta se o assunto for relevante à burguesia. Agem, nesse sentido, conforme dita a imprensa capitalista.

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