A greve dos professores de Alagoas, anunciada no dia 08/07 e iniciada com uma assembleia dia 11/07, começou com adesão de 70%, segundo o SINTEAL, Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas. Sua luta tem como palavras de ordem: reposição salarial de 35%, melhores condições de trabalho e contratação de novos profissionais.
Em reunião realizada no dia 08/07 com representantes do governo, os trabalhadores em educação, que vem dialogando com pais e comunidade para a construção do movimento em defesa da educação alagoana, obteve a miserável oferta de 4% de reajuste, dividido em duas vezes. Uma ofensa aos educadores, aos alunos da rede pública e a toda a população da qual os educadores fazem parte essencial.
Devido à grande adesão e consequente força do movimento, muitas escolas de Alagoas nem sequer abriram por falta de profissionais, desde auxiliares de limpeza até os diretores e coordenadores. Ainda há o agravante da utilização de algumas escolas que não estão funcionando por estarem abrigando pessoas atingidas por chuvas na região e perderam suas casas. Ficam mais do que evidentes as causas legítimas da greve dos educadores alagoanos.
O governo alagoano se apoia na Lei de Responsabilidade Fiscal para negar os reajustes reivindicados pela categoria, somados à suposta falta de recursos disponíveis para reajustes. A categoria dos educadores tem mostrado que a organização em torno da luta por direitos essenciais, como salário digno, é a forma forte e efetiva de se opor aos governantes neoliberais e de suas forças imperialistas. Acima disso, a mobilização dos trabalhadores deve tornar-se política e incluir, em sua luta, a reivindicação de Lula presidente, por um governo de trabalhadores.
Na Bahia, os professores também estão em greve após rejeitarem a proposta do governo estadual de reajuste de 5% e mais 15% em setembro. A categoria reivindica 45%, incorporação das gratificações e realização de concurso público. Cerca de 500 profissionais fizeram manifestações em Salvador na última semana. A secretaria Estadual da Educação afirmou que 51% das escolas estaduais baianas estão totalmente paralisadas. Nas demais, há paralisações parciais e, em outras, aulas normais.