No último dia 15, centenas de japoneses foram às ruas de Tóquio em protesto contra os planos do governo de incluir a possibilidade de ataques retaliatórios contra base militares inimigas conforme novo plano de defesa nacional.
Os manifestantes levavam cartazes com dizeres: “nós não permitiremos expansão militar unilateral” e “não aprovamos a possibilidade de ataques contra bases inimigas”. Durante o protesto, o parlamentar Akira Koike, vice-líder do Partido Comunista do Japão, realizou um discurso com críticas contra o premiê japonês, Fumio Kishida. Em sua fala, Koike criticou os planos do governo de aumentar as capacidades de defesa do país em vez de buscar um desenvolvimento mais pacífico.
Segundo a agência de noticias japonesa Kyodo, governo japonês deseja aumentar os gastos militares para até US$318 bilhões (R$1,6 trilhão), ante os atuais US$40 bilhões (R$208 bilhões). As autoridades japonesas devem atualizar três documentos de segurança até o final de 2022: a Estratégia Nacional de Segurança, o Programa de Diretrizes Nacionais de Defesa e o Programa de Defesa de Meio Termo.
Este plano vem junto com a ameaça chinesa de recuperar Formosa e exercer um grande protagonismo econômico na região, uma vez que a China será a maior potência militar. O Japão, por sua vez, seguindo a influência e orientação norte-americanas, busca dar uma reviravolta em sua constituição pacifista que, desde a Segunda Guerra Mundial, praticamente aboliu o militarismo. Com isso, visa bater de frente com a China, se tornando um testa de ferro dos americanos.