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Povo sem salários

Povo não tem dinheiro nem para comer, imagina pagar dívidas

O povo passa fome mas os bancos querem que paguem primeiro as dívidas e depois se virem para comer

O desemprego, a redução do valor do salário, os juros altíssimos e a inflação têm provocado o maior nível de atraso no pagamento das dívidas contraídas com os bancos. Essa realidade também provoca atraso no pagamento das contas de água, de luz, gás, internet e telefone, e pior que isso é a falta de dinheiro para poder comprar comida no supermercado, agravando a fome e miséria dos trabalhadores. 

Mas o que preocupa o Estado burguês, administrado pelos bancos, empresas e a imprensa oficial em geral, é a inadimplência e não a fome da população, que já atinge cerca de metade do País.

Os dados apurados pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) na Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), indicam que 30,3% das famílias brasileiras têm alguma dívida em atraso, um avanço de 4,2% no último ano, especialmente entre os mais pobres. 

Outra informação é que 34,1% dos que recebem até 10 salários mínimos mensais atrasaram dívidas, sendo a maior proporção da série histórica que iniciou a apuração em 2010. O não pagamento de dívidas atrasadas cresceu em novembro, chegando a atingir 10,9% das famílias. 

O indicador manteve trajetória de alta para os menores salários, atingindo 13,4% das famílias que com isso permanecerão inadimplentes. A responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, diz que os juros altos apertam os orçamentos das famílias de menor renda por aumentar a despesa financeira associada com a dívida em andamento, conforme matéria do portal Poder 360.

Em comparação ao mês de novembro do ano anterior, a proporção de endividados aumentou 3,3%, mas em desaceleração. Essa foi a menor taxa anual desde junho de 2021. Já as famílias que declararam ter dívidas a vencer recuou 0,3% em novembro, atingindo 78,9% das famílias.

Essa desaceleração do percentual de endividados é explicada pelo aquecimento do mercado de trabalho, políticas de transferências de renda de maior valor e queda da inflação nos últimos meses, segundo a matéria. 

Com base nos resultados da pesquisa, Izis Ferreira alerta para a quantidade de famílias com o comprometimento de mais da metade do orçamento no pagamento das dívidas, que aumentou 0,8% no ano, alcançando 21,6% dos endividados em novembro. Neste mês os brasileiros gastaram 30,4% do orçamento apenas no pagamento de dívidas, sem contar as contas de água, luz, telefone, gás e demais despesas.

Em novembro, as famílias que se consideram muito endividadas chegaram a 17,5%, um aumento de 0,2% e no anual o aumento foi de 2,7%. As mulheres tiveram maior percentual em relação aos homens, sendo 3,3% contra 1,9% dos homens. 80,7% das mulheres declararam ter algum tipo de dívida em novembro.

Entre a população com mais de 35 anos, 19,5% afirmaram  o superendividamento, o aumento foi de 3,2%. Entre os que não possuem o ensino médio completo o indicador foi maior, em um ano teve alta de 3,9%.

Também piorou a situação de quem tem atraso maior que 90 dias nos pagamentos, atinge 42,5% das famílias inadimplentes, com aumento de 0,6% em novembro e 1% anual.

Vemos com isso que os bancos têm um papel nefasto na economia da população trabalhadora. Enquanto promovem a retirada dos benefícios trabalhistas como aposentadorias, redução salarial, desemprego, etc., por outro lado, retiram parte substanciosa do orçamento das famílias de trabalhadores através do endividamento destas, que precisam recorrer ao endividamento para poder continuar a sobreviver nesse sistema nefasto que privilegia a classe empresarial capitalista enquanto promove caos e miséria aos trabalhadores. 

Por tudo isso é que a população deve sair às ruas em defesa de melhores condições de vida para os trabalhadores, defendendo o governo recém-eleito de Lula, que é o único que tem condições de governar para os trabalhadores. Às ruas em defesa do governo que tomará posse em janeiro e já conta com todo tipo de campanha contra ele por parte da burguesia capitalista e imperialista e contra os trabalhadores. A crise já gigantesca está prometendo que ficará pior ainda, por isso é urgente a luta nas ruas.

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