O futebol, sendo o esporte mais popular do mundo, principalmente por ser um esporte “barato” para a prática, tem a capacidade de atrair todas as nações do planeta. Desde os continentes mais pobres, como a África, até no Oriente, o esporte é paixão e o Brasil é referência na área. Na Copa do Mundo, apenas 32 países irão participar, e, em muitos que não irão à copa, a sua população terá que decidir para qual time irá torcer.
Nesse marco, abre-se um ponto da luta de classes. Os países oprimidos não criam nenhum vínculo com os seus opressores e veem na seleção brasileira o País para o qual irão torcer. O Brasil é a maior potência do futebol e, sendo um país oprimido, ele representa uma vitória dos oprimidos contra o imperialismo. Torna-se a expressão mais sincera e de uma maneira real de todo um setor na então possível, porém não imediata, vitória contra o imperialismo.
Isto torna-se mais interessante quando vemos que vários países que abertamente torcem para a seleção, são países que foram colonizados, e poderíamos dizer que seria até normal torcerem para seus colonizadores. Contudo, a união dos povos oprimidos se impõe e impede este movimento, unindo os países atrasados.
Neste sentido, mostra-se também todo o investimento que o imperialismo faz contra a seleção. Os países europeus fazem muito esforço para ganhar a copa, sendo várias copa literalmente roubadas. A Copa do Mundo, além da expressão popular, é uma luta do capital por seu controle. Um desejo real de controle de todo um setor que movimenta bilhões de dólares anuais. Torcer pela seleção canarinho é um ato político, visto que os países imperialistas sonham em controlar todos os esportes, como já fazem em alguns esportes elitizados como tênis e fórmula 1. Contudo, o futebol é barato, por ser barato, é popular, e, por ser popular, a classe operária tem acesso e podemos dizer que o domina.
Faltam menos de duas semanas para a Copa e o mundo verá que todos os povos oprimidos sem representação estarão vestindo a camisa da seleção. O Brasil, em uma possível final, terá quase todo o globo terrestre oprimido torcendo por sua vitória e comemorando caso a taça venha. É a realidade de um mundo onde o oprimido se opõe ao opressor, tantos nas greves, nas ruas, mas também onde o maior espetáculo do mundo acontece: dentro dos gramados envoltos pelas 4 linhas.