O ex-presidente Lula assumirá novamente a cadeira presidencial em 1º de janeiro do próximo ano. O Congresso e o Senado contarão, ainda mais, com membros da direita, seja ela a direita tradicional ou a extrema-direita bolsonarista, e será fundamental que as ruas estejam ocupadas em apoio às pautas populares que Lula pode implementar.
A cada tentativa da burguesia de golpear a população e ceifar seus direitos, o PCO esteve nas ruas, ao lado do povo, organizando a luta. Foi assim quando armaram o golpe de estado, avisando ao PT que tentariam derrubar a Dilma e que esse problema estava sendo orquestrado pelos escritórios do imperialismo. Foi assim, também, na prisão de Lula, quando o PCO estava presente em todas as manifestações e se mobilizando para que não deixassem Lula ser preso, para que garantissem que ele concorreria e, posteriormente, pela sua soltura – sendo o partido de vanguarda pelas campanhas de Lula Livre.
Fortalecer o PCO é fundamental, antes de tudo, para garantir a existência do governo Lula, pois é um partido que se predispõe a estar nas ruas aguentando a bronca que precisar, denunciando os golpes burgueses e os ataques à classe trabalhadora. Faz-se de extrema importância, também, uma base militante organizada que puxe o seu governo para a esquerda, pois muitas forças políticas tentarão fazer com que o caráter do governo seja voltado para a conciliação e a direita.
Lula, entretanto, não é um político da burguesia, sobretudo – mas não só – pelas suas origens. O metalúrgico e principal líder popular brasileiro implementou diversas medidas em seus dois mandatos que beneficiaram a classe operária mas, mais do que isso, é uma liderança real, saída da luta contra a ditadura, que aglutinou os setores que derrubaram o regime militar. Parte da dita “esquerda radical” peca, por exemplo, quando nivela Luiz Inácio Lula da Silva a um candidato burguês qualquer, como Ciro Gomes ou o próprio Geraldo Alckmin, além de um Boulos, ou Haddad. A figura de Lula não é artificial, foi forjada pala história de luta da classe operária brasileira, e por isso dispõe de uma base que nenhum dos políticos burgueses e pequeno-burgueses têm.
O PCO é um partido que estará sobretudo nas ruas lutando pelo avanço da classe operária, defendendo suas pautas, seja na educação, saúde ou onde for e exigindo mais, para um desenvolvimento da consciência das massas na luta contra a burguesia. Não é porque Lula não é um revolucionário comunista que devemos nos colocar em oposição ao seu governo. Muito pelo contrário! Um partido revolucionário e operário deve agir junto às massas, que no momento compõe em grande parte a base do principal partido de esquerda da América Latina, o Partido dos Trabalhadores, influenciando sua política e agindo como uma força que converse principalmente com a sua militância de base. Há muitos militantes no PT que, inclusive, identificam-se mais com o PCO do que com o próprio PT em diversas questões, e essa é uma oportunidade para influenciar a política do partido o trazendo, cada vez mais, para a esquerda. A luta para o governo Lula ser um governo de fato dos trabalhadores, sem patrões e golpistas, irá impulsionar a classe operária em sua luta contra a burguesia, esta é a tarefa revolucionária.