A polícia militar do estado do Rio de Janeiro realizou mais uma operação criminosa no complexo da Maré, na favela Nova Holanda, na tarde do dia 10 de novembro. Assassinando um idoso de 70 anos, um homem de 31 e baleando uma criança, a operação ocorreu no momento em que jovens saíam da escola e que uma festa para crianças acontecia na comunidade.
De acordo com o que foi repassado pelos moradores da região, a operação iniciou com a chegada de blindados na comunidade sob a alegação de que haveria ocorrido um roubo de carga. Contudo, com esta desculpa sem fundamento, a PM passou a realizar uma nova operação contra a população do lugar. Além do senhor de 70 anos que foi baleado no peito enquanto estava em uma cadeira de um bar, e dos demais mortos, a polícia ainda espancou um adolescente que estava acabando de sair da escola.
Menos de um dia após a operação, a PM iniciou uma onda de ataques a diversas favelas do estado, como no Complexo da Pedreira e Vila Aliança, no Rio de Janeiro, e no Complexo da Alma, no município de São Gonçalo. Nas redes sociais, os moradores denunciaram as criminosas operações, com imagens e vídeos, mostrando policiais invadindo casas das comunidades sob o pretexto de combater o tráfico de drogas, agredindo moradores e assassinando jovens e trabalhadores.
Há poucos meses, o complexo da Maré fora alvo de uma outra brutal operação, que novamente deixou para trás diversos mortos e feridos pela ação policial. Está mais claro do que nunca que a polícia militar é uma organização que existe com o único papel de assassinar a população pobre e trabalhadora. Um verdadeiro órgão de repressão ditatorial do Estado brasileiro contra o próprio povo.
Esta polícia assassina realiza de forma crescente inúmeras operações em todos os estados nacionais, onde sobretudo no Rio de Janeiro, local com grande concentração de comunidades de trabalhadores, realizou nos últimos anos verdadeiros massacres. A esquerda precisa imediatamente levantar como uma das principais políticas em defesa dos trabalhadores e da juventude o fim da polícia militar.
Não há como defender os trabalhadores sem defender o fim desta organização fascista e criminosa. Defender o fim da polícia militar é defender o fim do massacre contra o povo negro, pobre e oprimido de todo o Brasil, é defender o fim da repressão estatal contra os trabalhadores. E agora, com a vitória de Lula e o crescimento da mobilização popular, esta deve ser uma das políticas de destaque para o próximo período.