Democratas e republicanos começam a campanha em uma corrida surpreendentemente acirrada pelo controle do Congresso norte-americano. De acordo com a primeira pesquisa divulgada pela imprensa do New York Times, houve um empate técnico entre os democratas e os republicanos em vários cenários.
O presidente Biden está enfrentando um nível alto de dúvida dentro de seu próprio partido (Democratas), com 64% dos eleitores dizendo que prefeririam um novo candidato em 2024. Apenas 26% disseram que o apoiam à reeleição. A pesquisa diz também que a taxa de aprovação para os eleitores de todo o país a respeito do governo Biden é de 33%. Apesar dos baixos índices de aprovação de Biden, a pesquisa diz que os democratas estão empatados com os republicanos. Entre os eleitores registrados, 41% disseram que preferiam que os democratas controlassem o Congresso em comparação com 40% que preferiam os republicanos.
Segundo a pesquisa, apenas 1% dos jovens de 18 a 29 anos aprovam a maneira como Biden está administrando o país, e 94% democratas com menos de 30 anos disseram que queriam que outro candidato concorresse daqui a dois anos. Os jovens eleitores não votariam nem em Biden nem em Trump, em uma hipotética revanche em 2024.
Segundo a pesquisa divulgada, para uma pergunta direta sobre se questões relacionadas a armas, aborto ou o Supremo Tribunal seriam o problema mais importante que o país enfrenta, um em cada seis eleitores registrados preferiram o controle democrata do Congresso.
Algumas das questões sociais polêmicas que se acredita funcionarem em benefício dos republicanos inicialmente, como a teoria crítica da raça, desapareceram dos holofotes. Apenas 4% dos eleitores combinados disseram que educação, crime ou imigração eram os mais importantes problema que o país enfrenta.
A luta pelo controle do Congresso é diferente entre os mais pobres. Eleitores não brancos e moderados que dizem que a economia ou a inflação é o maior problema enfrentado pelo país e prefeririam o controle republicano do Congresso somavam 62%. Mais da metade dos eleitores que disseram que a economia era o maior problema também disseram que o aborto deve ser considerado legal. Apenas 74% dos eleitores que apoiaram Biden nas eleições de 2020, mas que disseram que economia ou inflação era o problema mais importante, disseram preferir os democratas no controle do Congresso.
O que se pode tirar dessa pesquisa para as eleições americanas que acontecem em dois anos? A luta pelo controle do Congresso pode se resumir no grande contraste entre eleitores que citam, segundo a pesquisa, a economia como sua principal questão e aqueles que citam o aborto e armas como direito como sua principal preocupação? Certamente que não. O pequeno número de jovens desaprovando tanto o governo Biden como uma possível volta de Trump dá um pouco o tom de como realmente está a temperatura das intenções de votos para a classe trabalhadora americana.
Em todos os cenários apresentados, a posição de Joe Biden como possível candidato à reeleição não é favorável. Mesmo a burguesia tendo escondido da população a política nefasta dos Estados Unidos, que está gerando o retumbante fracasso dentro e fora do país e uma gigantesca crise no controle econômico dentro do país. No fim, é inegável a queda das intenções de voto em um segundo governo de Joe Biden.
Várias questões dentro da pesquisa são levantadas para tentar esconder o descontrole da economia pelo atual governo e se tenta demonstrar um empate entre os dois partidos nas pesquisas para que não apareça o resultado da desastrosa atuação da burguesia americana na atual administração Biden que gerou uma crise imensa mundial e internamente que, segundo tem-se observado, ainda vai aumentar.
Assim como no Brasil, onde a burguesia brasileira tenta lançar um candidato de terceira via e cativar a atenção da juventude para alguém que não seja nem Lula nem Bolsonaro, as eleições americanas estão sendo manipuladas pelos interesses da burguesia americana para se manter comandando o país e aparentar uma situação de estabilidade.