O governo Bolsonaro está para terminar, no entanto, a imprensa burguesa busca ainda tentar mostrar que tanto seu governo como todo o regime golpista que se criou após a derrubada de Dilma Rousseff foi positivo para a população brasileira. Divulgando os novos dados farsescos do desemprego, a burguesia busca convencer a população de que, na realidade, Bolsonaro não foi de fato um inimigo dos trabalhadores, mas um combatente na luta contra o desemprego.
Os dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE, noticiaram que o Brasil obteve uma queda na taxa de desemprego, atingindo 8,3%, no trimestre de agosto, setembro e outubro, o menor percentual desde maio de 2015. A queda no número de desempregados teria sido de 0,8 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, e quase 4 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre em 2021.
No entanto, a farsa começa a se revelar quando é visto no detalhe quem são de fato os desempregados reais no Brasil. Como já durante o governo Temer, a medida de desemprego brasileira foi mudada, acrescentando como “empregado” trabalhadores que possuíam empregos irregulares, camelôs, entregadores, entre outros serviços sem qualquer garantia mas que rendiam algo para o trabalhador. Dessa maneira, a taxa de desemprego no país caiu milagrosamente.
Hoje, apenas 36,6 milhões de pessoas tem carteira assinada no Brasil, e a taxa de informalidade apenas cresceu, atingindo históricos 40,7% da população nacional. Com isto, cerca de 40 milhões de trabalhadores encontram-se sem um trabalho regular, vivendo de serviços informais que são considerados pelos dados oficiais como “empregos”.
Os dados mostram na realidade que a taxa de desemprego no País é uma completa farsa. O governo Bolsonaro foi responsável por aumentar o desemprego da população e, hoje, quase metade daqueles que recebem algo no mês não possuem de fato um emprego, quanto menos um que seja estável. Se os dados gerais apresentassem a realidade, o desemprego no País estaria hoje batendo recordes históricos, muito diferente do que afirma a imprensa burguesa.
Tal fato apenas demonstra que os números oficiais são falsificados e que a situação dos trabalhadores brasileiros vai de mal a pior, cada vez com menos direitos e sem qualquer estabilidade.