Nesta quinta-feira (08), morreu, aos 96 anos, Elizabeth II (em português, Isabel), a rainha mais longeva de toda a história do Reino Unido.
Representante maior da família real, Elizabeth governou por um total de 70 anos. Durante esse período, passaram pelo governo da Inglaterra 15 Primeiros-Ministros, incluindo Churchill e Margaret Thatcher que, por sua vez, detém o recorde de maior tempo ocupando o cargo.
Ao longo de seu governo, Thatcher foi responsável por fundar a política neolibera na Inglaterra. Dentre alguns de seus feitos, está a repressão da greve dos mineiros ingleses, uma das maiores do mundo, e a consequente privatização das ferrovias do país.
De maneira geral, ela entregou toda a economia inglesa para o capital financeiro. Privatizou os principais serviços públicos do Reino Unidos, bem como grande parte da economia, e retirou a esmagadora maioria dos direitos trabalhistas do povo. Política que foi importada, inclusive, para os outros membros da Commonwealth.
Principalmente nos últimos anos, a imprensa burguesa procurou pintar a imagem de que Elizabeth não era muito simpática à Thatcher. Todavia, fato é que todas as políticas da Primeira-Ministra precisavam passar, antes, pela Coroa.
Além disso, a rainha possuía a autoridade para destituir Thatcher de seu cargo, bem como é a responsável por declarar guerras, algo que, no governo Thatcher, foi feito contra as Malvinas, na Argentina.
Ou seja, de maneira geral, Elizabeth II não só foi conivente com a política genocida de Thatcher, uma das mais violentas de toda a história da humanidade. Acima disso, deu carta branca ao neoliberalismo e à sua política assassina.