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Capachismo

O lobby do cocar em favor da democracia

Índios Gourmets ameaçam a soberania do país

Democracia, termo abstrato que demarca a diferença entre o bem e o mal; o civilizado e o incivilizado; o belo e o feio; o que pode e o que não pode; o institucional e o não institucional; o limpo e o sujo; o racional e o irracional; a inteligência e a desinteligência; o moral e o imoral; o justo e o injusto. Os bárbaros defendem a ocupação da Amazônia para exploração pelos brasileiros; já os democratas defendem a preservação, mais precisamente a manutenção do atraso.

Se a ‘corrupção’ foi a principal pauta da imprensa capitalista entre 2013 e 2018, visando derrubar o PT, a partir de 2019, as pautas principais são a “democracia” e a Amazônia. Dados sobre desmatamento passaram a ser descentralizados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), favorecendo a atuação de ONGs e fortalecendo a retórica do imperialismo contra o governo brasileiro. Macron, Biden, Greta e artistas brasileiros e internacionais em uníssono pela Amazônia, pela intervenção, sob fachada do arsenal discursivo ‘ecossocialista’.

Diante da pauta da imprensa, todos à obra para divulgar diariamente dados, informações, discursos, músicas de consternação e um vocabulário abstrato, porém favoráveis aos interesses do imperialismo. Recentemente, além do INPE, o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou na quarta-feira (17), que a área de floresta desmatada na Amazônia Legal, nos últimos 12 meses, foi a maior em 15 anos. Entre agosto de 2021 e julho de 2022, foi desmatada uma área de 10.781 km². Muitos ambientalistas, indigenistas e toda a horda identitária, vem reposicionando o imperialismo para dar o bote na Amazônia.

Para além dos dados, que podem ou não dar conta da realidade, há uma forte coordenação entreguista, que visa internacionalizar a Amazônia e transferi-la ao estrangeiro. O lobby do cocar organizado pelo imperialismo, com auxílio de mais de 10 mil ONGs que exploram a Amazônia, vem atuando de forma unificada, organizada e com auxílio de muitos dólares. Além de ONGs, uma série de agentes públicos e privados, ligados a partidos e movimentos sociais exploram a Amazônia para fins eleitoreiros, entre outras finalidades menos nobres, como promover ministros à condição de santidade.

https://twitter.com/GuajajaraSonia/status/1559918312506769409?s=20&t=5e5J7BvnVOA-bJSoi-LcnQ

A liderança dos índios gourmets, Sonia Guajajara, há muitos anos anda de mãos dadas com a ‘democracia’, inclusive enaltece o Democrata Alexandre de Moraes, enquanto ataca Lula e o PT para defender os interesses do imperialismo, e sucatear as usinas hidrelétricas brasileiras e se colocar freio ao desenvolvimento energético, farmacêutico, agrícola e até mesmo, dos próprios índios, que permanecem na miséria, conforme denuncia o companheiro Magno, Guarani Kaiowá, candidato à governador do Mato Grosso do Sul pelo PCO.

As contradições postas por Bolsonaro fez com que as ONGs imperialistas ganhassem força, a ponto de organizar lobbies poderosos com John Kerry , além da Washington Brazil Office (WBO), que produziu o vídeo a seguir, que define muito bem a penetração do imperialismo no País, e demonstra que em meio à escalada contra a China, os recursos da Amazônia se tornam ainda mais importantes, não para a WBO.

De acordo com o entrevistado, “os Estados unidos, mas também a Europa vêm prestando atenção nas organizações da sociedade civil e acadêmicas, bem como o corpo diplomático, no que realmente é uma aberração na história da diplomacia do Brasil […] você conhece as questões do meio ambiente, incluindo a Amazônia”. Para Ioris, o Brasil precisa ser socorrido das garras do Bolsonaro de qualquer modo, e que se coloque no poder, alguém moderado e científico.

Imazon, ICS, Microsoft e uso de dados contra o Brasil

O domínio das ONGs é tão grande, um lobby tão poderoso, que após a saída do governo na análise de dados, entraram com tudo as ONGs. Os últimos dados geralmente são informados por organizações cujo papel é unicamente de entregar o país. O Imazon é uma dessas ONGs que tocam o alarme da calamidade com objetivos claros, não de mudar o governante, mas entregar o país de uma vez aos Estados Unidos. O Imazon faz parte de uma rede de organizações governamentais à serviço do imperialismo.

Além do Imazon, também chama a atenção, o Instituto Clima e Sociedade (ICS), que encomenda pesquisas ao Poder Data, que tem como um dos sócios Frederico Trajano, presidente da Magazine Luiza. A pesquisa encomendada mensalmente desde 2022, serve para levantar a percepção sobre a Amazônia. Para 65%, o governo federal não está trabalhando para combater crimes na região, enquanto 17% entendem que sim e 18% não sabem. Já a proteção da floresta deve ser prioridade dos candidatos a presidente para 81% dos entrevistados em julho de 2022 (16% acham que não e 3% não sabem). “O número cresceu desde a última avaliação, em junho, quando 76% entendiam que os candidatos deveriam ter enfoque na questão“.

Chama a atenção esses dados justamente no momento que temos o “reino das ONGs”, conforme mapeado pelo Fundo Amazônia, órgão do governo ligado ao BNDES.

O fundo também levantou que as demandas indigenistas aumentaram no último período de envio de projetos.

Por último, não menos importante, de 2019 para cá, a Microsoft entrou de cabeça no negócio da Amazônia. Bill Gates, um filantropo nato, utiliza a demagogia do lobby de cocar para organizar o território amazônico, de acordo com seu bel prazer, utilizando-se o Imazon como Cavalo-de-Troia.

Se queremos soberania, precisamos nos livrar do lobby de cocar, do capachismo e questionar a ordem imposta pelos Democratas, que em nome do combate contra Bolsonaro, esqueceu que a luta deve ser estabelecida contra o imperialismo. As ONGs estão no papel de sempre, de serem os lobistas filantropos que visam servir bem ao regime político, mas, a esquerda não poderia se vender ao mundo como está fazendo Mercadante, que visa abrir linhas de créditos de carbono aos grandes capitalistas e seus serviçais das ONGs. O principal nome do programa de governo de Lula, chegou a dizer à Reuters que “A transição ecológica é um eixo estruturante de todas as nossas políticas”. “Podemos abrir linhas de crédito diferenciadas para incentivar a migração para uma agricultura que sequestra carbono”. Essa política não interessa ao Brasil, o que interessaria é utilizarmos a Amazônia, ocupa-la de forma soberana, nos apropriar dos recursos pertencentes ao povo brasileiro, desde ouro até urânio.

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