Merval Pereira, que é membro do Conselho Editorial do Grupo Globo, uma espécie de boca de aluguel dos Marinhos e, por que não dizer, do imperialismo? Nos últimos dias tem centrado fogo em Bolsonaro no seu blog, os três últimos textos basicamente tratam do caso Daniel Silveira. Em seu artigo do dia 26 de abril, o jornalista recorre a um ministro aposentado do STF, Ayres Britto, para dizer que ao indultar Silveira o presidente pode estar ferindo cláusula pétrea da Constituição. Se bem que a mesma preocupação não houve quando se tratou de prender Lula ainda na segunda instância. Constituição pra quê?
Outro tema que Merval abordou é o que ele chama da tentativa de Bolsonaro de criar um clima belicoso que insufle um clima que leve a eventos como a invasão ao Capitólio por apoiadores de Trump em 2020.
A queixa diz respeito às dúvidas que Bolsonaro tem levantado com relação à segurança das urnas eletrônicas. As dúvidas, diga-se de passagem, procedem, pois seria muita ingenuidade alguém acreditar que a burguesia viesse a implementar um sistema eleitoral sobre o qual ela não pudesse ter bastante controle.
Para quem acredita em coincidências, a subsecretária de Assuntos Políticos do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Victoria Nuland, aquela que esteve envolvida na revolução colorida ucraniana em 2014, em visita ao Brasil declarou à CNN: “Falamos sobre as eleições hoje nas reuniões de alto nível, e a mensagem que transmitimos é que os Estados Unidos têm confiança real no sistema eleitoral brasileiro. Vocês têm um dos melhores no hemisfério, em termos de confiabilidade, transparência, etc. Todos os brasileiros devem ter confiança no sistema e devem participar. Isso é o mais importante. E os líderes brasileiros devem expressar a mesma confiança nesse sistema daqui para a frente, e esperamos que isso aconteça aqui”.
É bonito de ver a sintonia entre o que pensa o Departamento de Estado dos EUA e Merval. O que está por trás de todos esses ataques ao ocupante da cadeira da presidência, é o fato de que a aposta na Terceira Via é o que está em alta nos bastidores globais. Enquanto não vem a público o(a) candidato(a), tratam de tirar a credibilidade daquele que apoiarão se, eventualmente, restarem Lula e Bolsonaro em um segundo turno.