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Imperialismo

Nova sanção à Rússia: OTAN impõe teto ao preço do petróleo

A ditadura internacional do imperialismo não aceita que os países atrasados se defendam de suas agressões, e busca estrangular a Rússia economicamente como se ela fosse uma colônia

Nesse sábado, dia 3 de dezembro, o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, afirmou que a Rússia não irá aceitar uma nova sanção imposta pelo Grupo dos 7 (G7) — composto por EUA, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Japão e Canadá — e pela União Europeia. Na última sexta-feira (02/12), a UE aceitou impor um teto de preço sobre a compra do petróleo russo, de 60 dólares por barril. A medida foi proposta pelos Estados Unidos e apoiada pelo G7 ainda em setembro. Ela foi marcada para entrar em efeito nessa última segunda-feira (05/11) ou “logo depois”.

Peskov afirmou que: “Agora estamos analisando.” e “Alguma preparação foi realizada para uma medida como esse teto. Nós não aceitaremos esse teto, e daremos mais informações sobre como o trabalho será organizado depois da revisão.”

A sanção se soma às inúmeras outras impostas pela OTAN — o conjunto G7 e UE são os mesmos países que formam a OTAN, basicamente — à Rússia sob a justificativa da intervenção militar russa na Ucrânia. A Organização do Tratado do Atlântico Norte é uma aliança militar de todo o bloco imperialista, já o G7 é o conjunto de alguns dos países imperialistas mais avançados do mundo. Ambos os grupos são chefiados pelos EUA.

O teto proíbe empresas dos países membros de financiar ou assegurar embarcações transportando petróleo russo, a não ser que o carregamento tenha sido comprado no preço do teto ou abaixo dele. Restrições semelhantes, como a outros produtos derivados do petróleo, estão cotadas para serem introduzidas em fevereiro. O governo russo já afirmou repetidas vezes que não venderá petróleo a nações que adiram a esse tipo de “esquema”, alertando ainda que a sanção colocará o mercado de energia em confusão e levará a um aumento maior nos preços das commodities (mercadorias de origem primária).

Uma política de agressão

A OTAN ataca a Rússia com sanções após o país invadir a Ucrânia. A invasão se deu pela escalada de agressão da OTAN, que se utilizou da Ucrânia como ferramenta para atacar a Rússia. A situação culminou com a possibilidade do chamado oficial à Ucrânia para integrar a própria OTAN, o que permitiria a alocação de tropas dos países membros no país, que faz fronteira com a Rússia. Não só isso, mas o estabelecimento de plataformas de mísseis com ogivas nucleares apontadas para Moscou com uma proximidade sem precedentes.

A escalada foi movida a partir do golpe de Estado que ocorreu na Ucrânia em 2014, patrocinado por EUA e UE. O governo foi instalado para impor medidas econômicas desfavoráveis à Ucrânia em relação à União Europeia e garantir controle militar estratégico do bloco com relação à Rússia. O golpe se deu não apenas de forma institucional, mas com milícias nazistas armadas, que exercem ainda hoje uma verdadeira ditadura no país sobre a população local.

Sanções e crise do imperialismo

Até o momento, a política de sanções não tem surtido efeito. Em determinado momento, a campanha chegou a tomar um caráter nazista, de perseguição total inclusive à cultura russa em todos os seus aspectos e no mundo inteiro. Cantores de ópera foram proibidos de performar a não ser que condenassem publicamente a chamada “agressão” russa, que se constitui de fato como defesa do país contra uma escalada golpista externa. Pratos de origem russa foram retirados de restaurantes, como o estrogonofe. Até desfiles de moda de estilistas russos, cachorros de raças russas em concursos de pet e mais uma série de outras sanções as mais variadas ocorreram. Músicas clássicas de compositores russos foram tiradas de cartaz, livros de autores russos cogitados para serem retirados de bibliotecas.

A medida econômica de maior impacto até o momento foi a energética. O gás russo tem forte papel na Europa, tanto para o aquecimento, face ao frio e que se aproxima gravemente com a chegada do inverno no continente, como para o abastecimento de energia do país, da própria indústria. A União Europeia impôs sanções ao gás russo e, ao invés de desestabilizar o governo russo, os governos europeus enfrentam uma crise política sem precedentes.

Apesar da propaganda imperialista, a população europeia, frente ao aumento súbito das contas de energia e a uma consequente inflação generalizada, vem realizando protestos crescentes contra a própria OTAN. Defrontado com a possibilidade de o governo alemão ceder, para salvar suas indústrias, ameaçadas pelo aumento da energia elétrica, o imperialismo dos EUA explodiu os gasodutos Nord Stream, que conectam a Rússia à Alemanha. Agora, o imperialismo dos EUA visa se beneficiar da destruição da indústria europeia. A crise não demonstra sinais de enfraquecer. Com a chegada do inverno e do frio, a temperatura política tende a ferver em toda a Europa.

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