O ex-comentarista esportivo da Globo, Walter Casagrande, tem sido expoente dos ataques contra a Seleção e o futebol brasileiro. Durante toda a Copa do Mundo e mesmo antes dela, agora colunista do UOL, o ex-jogador se tornou talvez o principal representante da campanha da imprensa golpista. A campanha se traduz em ataques, seja envolvendo questões reais ou inventadas contra os membros da Seleção, criticando até supostos traços pessoais dos atletas, tal o nível da campanha.
Não faltam ataques baixos contra a escalação de Tite, com Neymar, Daniel Alves e Raphinha. Até mesmo os ex-jogadores que estão no Catar para assistir às partidas da Seleção Brasileira, a melhor do mundo, craques históricos, foram atacados. Casagrande afirmou que os brasileiros seriam arrogantes porque assistem aos jogos junto à direção da Fifa, diferente dos argentinos, que estariam junto com os torcedores. Ele chegou também a atacar Vinícius Jr., que está numa disputa judicial com a Nike, defendendo que essas questões de contratos são secundárias, na prática uma defesa da empresa estrangeira contra um jogador nacional, da Seleção.
Segue o comentário de Casagrande sobre os e-craques da Seleção:
“Os brasileiros não se misturam, enquanto os argentinos nunca deixaram de ser torcedores”, disse. “Os grandes ídolos estão na arquibancada junto à torcida. Tem Batistuta, Crespo, Zanetti, Cambiasso, Sorín… todos eles no meio da torcida da Argentina, cantando as músicas” e “Enquanto isso, nossos ex-jogadores, ex-ídolos, estão sentados na tribuna da direção da Fifa. Cafu, Kaká, Roberto Carlos e o Ronaldo, de terno, como se fossem dirigentes. Há falta de identificação dos ídolos brasileiros”.
Frente a isso, já começam a chover críticas ao comentarista. Nas redes, Kaká provocou Casagrande, modificando seu rosto pelo do comentarista numa foto com o presidente da Fifa, ironizando ter cedido seu lugar. O craque Vampeta, também campeão mundial pela Seleção de 2002, relatou ainda em entrevista à Jovem Pan que o comentário sobre os jogadores estarem de ternos no estádio junto à Fifa gerou grande insatisfação.
Segundo ele, no grupo de WhatsApp dos jogadores da Seleção de 2002: “os caras estão p… com o Casagrande”. Ele disse ainda que os craques brasileiros se mantêm junto às autoridades da Fifa nos jogos por motivos de trabalho, são contratados da entidade, e ainda citou jogadores de outros países na mesma posição: “Estão lá a trabalho, são contratados da Fifa. Eu vi Pirlo, Seedorf, George Weah. O modo de ser de cada um, de cada país, não quer dizer que você seja mais ídolo ou menos ídolo. Nisso aí o Casão foi mal”. De acordo com Vampeta, dos jogadores citados por Casagrande, apenas Ronaldo, o Fenômeno, não está no grupo.
O goleiro Marcos publicou em seu Instagram uma foto de Neymar com a camisa da Seleção comemorando um gol com outro comentário irônico, citando o perfil do comentarista: “Não precisamos dele não, precisamos do @wcasagrandejr para o Hexa” com emojis rindo na sequência.
Campanha contra a Seleção, o Brasil e os trabalhadores
Um dos focos de ataque de Casagrande foi a escalação do time reserva no jogo contra Camarões. O comentarista atacou os jogadores em geral, e em específico Daniel Alves, o veterano e jogador mais velho a disputar uma Copa pela Seleção Brasileira, além do técnico, Tite. Frente ao desgaste e lesões que têm ocorrido, para preservar os jogadores titulares de um jogo do qual a vitória não era uma exigência para avançar, colocar os reservas em campo garantiu a presença dos titulares na partida contra a Coreia. No mesmo jogo, ainda, contra Camarões, dois jogadores sofreram lesão e estão fora da Copa, tanto Ale Telles como Gabriel Jesus.
Apesar da derrota, o jogo foi disputado e Tite garantiu que dois titulares, caso a situação fosse análoga, conseguissem permanecer e jogar na atual fase, de mata-mata. Ninguém gosta de ver a Seleção perder, mas a decisão foi correta. A lesão de Neymar foi uma demonstração já de início que é preciso preservar os jogadores sempre que possível, e o jogo contra Camarões confirmou a decisão. Caso houvesse a lesão de outro titular, é certo que viriam comentários negativos sobre a questão em mais um ataque a Tite.
Casagrande cumpre e segue a linha de sua ex-empregadora, a Globo, em ataques reiterados à Seleção, por tudo e por nada. Se trata de uma campanha antinacional e contra o Brasil e os trabalhadores que, pela campanha imperialista da imprensa burguesa, não podem levantar a cabeça nem mesmo para torcer pela Seleção e valorizar os craques que são seus ídolos no esporte mais popular do mundo, o futebol, em sua melhor versão, o futebol-arte, o futebol brasileiro.