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Editorial

Nada de censura! Para o povo negro a vida já é pura repressão.

Os direitos democráticos são fundamentais para a luta do povo negro

Nesta última semana além da luta política geral contra a direita, por um governo dos trabalhadores e contra o imperialismo, o tema da repressão dos direitos democráticos teve grande destaque nas atividades em que o partido teve envolvido, escancarando a contaminação de uma política profundamente reacionária e direitista na esquerda.
Com a “demissão” do youtuber conhecido pelo apelido de Monark do Flow podcast, o maior podcast da internet brasileira, veio à tona uma intensa campanha tocada, principalmente, por setores da esquerda pequeno-burguesa apoiando a censura aplicada ao jovem, na qual se pediu desde o cancelamento e até prisão por conta de uma fala em um dos seus programas.
Na segunda-feira (07) foi ao ar um episódio do Flow podcast no qual os apresentadores, um deles o Monark, entrevistavam os deputados federais direitistas Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB). Num determinado momento Monark expressa sua opinião de que o Estado não deve proibir as pessoas de terem qualquer tipo de ideologia e se organizarem e citou o caso dos nazistas, que estes teriam o direito de ter um partido. Uma posição que, apesar de poder ter sido colocada de forma confusa até certo ponto, o que é normal para pessoas para uma pessoa normal que não é um político profissional ou um militante etc, é obviamente uma defesa da liberdade de pensamento e de livre organização.
A fala foi imediatamente tachada de “defesa do nazismo” primeiro por Tabata Amaral, uma direitista que não tem moral alguma para falar em defesa de direitos democráticos, vez que é parceira dos golpistas e financiada por bilionários os reais responsáveis pela opressão em massa que vivemos. A esquerda pequeno-burguesa identitária saiu em sua caçada de linchamento virtual repetindo que se tratava de uma defesa do nazismo, não demorando a ser seguida pelos parlamentares oportunistas da direita.
Resultado, patrocinadores do canal, grandes monopólios nacionais como Ifood, Mondelez, Amazon, Ragazzo, Puma entre outras, exigiram a demissão do apresentador, ameaçando encerramento dos contratos, o que algumas delas de fato fizeram. No dia seguinte, na terça (08), a produtora responsável pelo programa anunciou o desligamento do Youtuber, Bruno Aiub (Monark), uma medida para salvar a empresa e que é inusitada, pois Bruno é sócio proprietário do canal que se tornou uma empresa.
Como já visto em outras campanhas de repressão, o PCO foi o único partido que se colocou em defesa do youtuber e do seu direito a expressar sua opinião, em primeiro lugar. Mas, a defesa do partido finalmente não é particular e não se dirige a uma situação específica, é uma questão programática a defesa incondicional dos direitos democráticos.
Durante toda a semana foram publicadas dezenas de matérias nos jornais do partido e postagens nas redes sociais detalhando cada ângulo do problema, buscando aprofundar o debate e colocá-lo de fato num ponto em que a esquerda que se diz defensora da classe trabalhadora nunca vai: a repressão é a maior arma da burguesia contra a classe operária.
E quando falamos de luta em defesa dos direitos do povo negro, aquele que é maioria da população brasileira e praticamente a totalidade nas favelas e prisões, a discussão é levada da pior forma possível por esta esquerda cirandeira.
Todas as organizações do chamado movimento negro estão na linha de frente no pedido de censura e repressão ao youtuber, pedindo inclusive, junto com a direita, cassação do mandato do golpista Kataguiri por apoiar a posição.
Indo ao que interessa. De repressão, de censura, de violência estatal o povo pobre e negro está cheio. Esse é o dia a dia da vida do trabalhador pobre. A repressão se coloca no trabalho, no transporte coletivo, nas invasões às residências, na brutalidade e crimes cometidos pelas polícias em suas operações de extermínio, está presente inclusive nas manifestações artísticas e de lazer. Ou seja, repressão estatal é o “ar que o pobre respira”.
Assim, o que interessa de fato para a classe operária, para os esmagados da pirâmide social é um programa realmente revolucionário como o do PCO como: nenhuma repressão aos direitos democráticos e liberdades individuais, nenhum poder ao Estado burguês e às suas instituições fascistas (como as polícias e os tribunais de justiça) para reprimir o povo e liberdade irrestrita de associação e organização, pois é desta forma que serão formados comitês de auto defesa armados, organizações populares de defesa dos trabalhadores e de cada setor esmagado contra a opressão constante e cotidiana da burguesia.

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