O Partido da Causa Operária é de longe o partido com mais impedimentos colocados pela burguesia nesta campanha eleitoral. A legenda já estava sendo altamente censurada pelo Supremo Tribunal Federal, que derrubou suas redes e os colocou no inquérito das fake news, punindo o partido por expressar suas opiniões sobre determinados assuntos, como o papel do STF na sociedade brasileira e o caráter das últimas eleições no País.
Além de ter seus meios de comunicação arbitrariamente cortados, o partido também entrou na eleição com seu fundo eleitoral bloqueado, impedindo assim a produção rápida de materiais para o período de campanha.
Esse fator é grave na medida em que o período de campanha eleitoral é absurdamente pequeno, fazendo com que partidos pequenos e com poucas condições tenham que se entregar de corpo e alma para fazer alguma coisa decente, enquanto os partidos da burguesia já tem todo o aparato planejado, com plenas condições de montar equipes inteiras de assessores, coordenadores e advogados para lidar com toda burocracia que assombra o brasileiro durante as eleições.
Esse é o caso do PCO. Sem espaço na tevê aberta — uma vez que foi impedido pela cláusula de barreira de ter espaço na propaganda eleitoral em rede pública — e sem suas redes sociais, o partido foi atrás de mobilizar ainda mais toda sua militância para que esta fosse sua maior campanha desde sua criação.
Com o fundo eleitoral finalmente liberado, o PCO poderia começar a pegar pesado na campanha, porém o período para isso já estava a meio caminho andado. Não só isso, mas ainda é preciso considerar que existe um tempo para que os materiais sejam produzidos, ou seja, existe mais um tempo perdido além daquele retirado à força pelo TSE.
Isso, entretanto, não é o suficiente para fazer um partido revolucionário desistir. O PCO, de maneira organizada e centralizada, deliberou que, em duas semanas, serão distribuídos 4 milhões de panfletos em todo o país, sendo mais de 1 milhão apenas no estado de São Paulo. Os militantes do partido estão o dia inteiro, em diversos pontos do país, distribuindo panfletos diretamente na mão do trabalhador.
Agora, na reta final da campanha, o partido tem se dedicado mais que nunca na distribuição do material eleitoral. Nenhum panfleto, santinho ou adesivo ficará parado, mas sim irão circular nos metrôs, escolas, universidades, fábricas — irão circular nas ruas, nas mãos dos trabalhadores.
O empenho colocado nessa campanha eleitoral fez com que o partido atingisse seu objetivo de fazer com que essa fosse a maior campanha eleitoral na história do PCO, isso em número de pessoas envolvidas (militantes e simpatizantes), assim como em número de materiais e agitação política.
Tudo isso indica que, apesar das inúmeras tentativas de tentar calar o PCO, o partido tem dado a volta por cima para contornar a censura sofrida nos últimos meses. São centenas de militantes nas ruas, todos os dias, entregando panfletos, santinhos e adesivos para a população brasileira, difundindo o programa do partido e explicando para cada trabalhador a importância do apoio à candidatura de Lula nessas eleições.
A campanha é feita de maneira natural, voluntária, com os militantes do próprio partido nas ruas. O PCO também não recebe dinheiro de bancos ou de empresários, fazendo com que todo o trabalho árduo de cada militante seja de extrema importância para a propaganda política do partido.
Todos os militantes voltam à sede do partido com alguma história para contar após suas panfletagens. Um relato muito comum é a ótima receptividade do partido entre a população — muitas pessoas vão até o militante que está panfletando para pedir o panfleto, afirmando que conhecem o PCO e o acompanham o partido nas redes e na imprensa.
Tudo isso é muito importante para evidenciarmos que apenas um partido revolucionário trás à tona as vontades do povo brasileiro, colocando em pauta os interesses e reivindicações da população e mostrando ao povo que é apenas indo às ruas que a luta pode ser travada com algum tipo de resultado.