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Brasília

Mesmo com restrições, Lula reune milhares de “vermelhos”

Multidão fica na fila por mais de duas horas para apoiar o ex-presidente, em ato marcado pelas limitações politicas e organizativas impostas pela direção da campanha

Cerca de 5 mil pessoas participaram no Centro de Convenções Ulysses Guimarães do ato da pré-candidatura presidencial do candidato apoiado pelos trabalhadores e a maioria de suas organizações, Luiz Inácio Lula da Silva.

Convocado em um clima profundamente defensivo pelos organizadores e sob a clara pressão dos partidos e políticos de direita que integram a campanha que não querem ver uma mobilização massiva e combativa dos trabalhadores em favor da vitória de Lula, o ato teve pedidos para que não levasse bandeiras (como nas reacionárias proibições impostas às populares torcidas de futebol) e foi convocado sob a pressão do medo, da campanha contra a polarização política que a burguesia golpista e sua imprensa venal procuram fazer, se aproveitando do assassinato do dirigente municipal do PT, em Foz do Iguaçu.

A maioria dos participantes não deu ouvidos ao chamado para que se vestisse branco ou “cores alternativas” e o salão do Centro de Convenções ficou pintado, principalmente, de vermelho

Filas e uma organização restritiva

A imensa maioria dos que compareceram foram submetidos a longas filas (que chegaram a ter mais de 1km de extensão) e a permanecerem por mais de uma hora, para ver e ouvir Lula.

Milhares aguardaram em longas filas para ter acesso ao Centro de Convenções

Lá dentro, como tem sido costume, os presentes foram submetidos a uma enxurrada de discursos, muitos deles de enfadonhos políticos direitistas que apoiaram o golpe, defenderam as “reformas” contra os trabalhadores, mas agora se travestem de esquerdistas para procurar cavalgar no enorme prestígio popular do ex-presidente.

Em muitos momentos o público externou seu descontentamento, sendo visível o desânimo diante do anúncio e das falas desses políticos impopulares.

O clima na chegada era de muito ânimo com cânticos e palavras-de-ordens a favor de Lula, mas a condição do ato, apontava em outra direção.

Com tamanho esforço dos “organizadores” ficou relativamente contida a tendência de mobilização que se expressa em todo o País em torno da candidatura de Lula, identificado – corretamente – como o candidato contra o regime golpista e que serve à luta pelas reivindicações do povo trabalhador.

Militância de esquerda x claques direitistas

O público do ato esteve dividido entre um setor majoritário de ativistas de esquerda e trabalhadores que apoiam Lula, de um lado, e um setor minoritário de claques eleitorais, contratados por políticos direitistas – como do PSB (do ex-governador anti-povo Rolemberg) – que procuram se aproveitar do prestigio de Lula e se utilizam dos métodos tradicionais de campanha da burguesia.

O caráter combativo do público pôde ser percebido no enorme apoio à campanha contra os ataques à liberdade de expressão e censura, em aberta violação da Constituição, da parte do ministro Alexandre de Moraes, membro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que decidiu bloquear as redes sociais do Partido da Causa Operária, no começo do mês passado.

Foram colhidas quase mil declarações contra a atitude do ministro, incluindo dirigentes e militantes da esquerda presentes.

O cerco aos verdadeiros apoiadores de Lula, ficou registrado ma vez mais ao veto de que o PCO, primeiro partido a apoiar o lançamento da candidatura de Lula, campeão na defesa da sua liberdade e da luta contra o golpe, falasse no ato.

O partido se manifestou por meio de uma intensa atividade política de seus militantes, distribuindo panfletos (cerca de 2 mil), vendendo jornais e outros materiais; além de realizar, junto com os ativistas dos Comitês de Luta, a campanha financeira com a venda dos bilhetes a ação entre amigos “Vai pra Cuba”.

Lula discursou por volta de 20h, quando parte do público que mora mais distante já começava a ter que se retirar, em outra evidente aspecto da organização que vai no sentido oposto ao de promover a

necessária mobilização popular, capaz de impulsionar uma campanha vitoriosa da esquerda, o que só vai acontecer por meio do enfrentamento e derrota da direita, superando-se os “medos” e limites estreitos impostos pelos setores conservadores que buscam controlar a campanha de Lula.

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