A política de ataques aos trabalhadores, por parte da direita golpista, de entrega do patrimônio do povo brasileiro, está a todo vapor através das privatizações.
Essa política também está presente em relação aos bancos públicos. Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, e os banco de desenvolvimento do Norte e Nordeste, Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia (Basa), também estão na mira desses golpistas.
No caso do Basa, há, por parte do governo, que detém a maioria das ações do banco, um movimento que pavimenta o caminho para entregá-lo para os abutres do sistema financeiro, ou seja, os banqueiros nacionais e internacionais. Para isso, se utilizando da famigerada reestruturação na empresa, a direção golpista do banco já está jogando no olho da rua cerca de 150 pais de famílias, que fazem parte do quadro de apoio.
Para esses trogloditas afrente do banco, a decisão estaria fundamentada num suposto “estudo técnico e jurídico”, já que o tal estudo foi feito em cima de um segmento da instituição que se encontra em processo de extinção e que a manutenção do quadro de apoio atrapalharia os novos planos de contratação de novos empregados.
Tudo isso é uma verdadeira conversa fiada. O que efetivamente está por trás das demissões é a preparação do banco para a sua privatização, com o enxugamento do quadro funcional.
Não é uma novidade para ninguém que esse atual governo é consequência do golpe de Estado de 2016, que teve como um dos principais financiadores os banqueiros. Um dos seus principais objetivos, por sua vez, é de utilizar os seus prepostos, ou seja, a burguesia no poder, para satisfazer os seus vorazes apetites.
Para se ter uma ideia do que está por trás das demissões, o Basa apresentou, no ano passado, um lucro líquido recorde de R$ 737,8 milhões, um desempenho de 178% maior em relação ao ano passado e o mais elevado da história da instituição financeira. O patrimônio líquido cresceu 21,9% e atingiu R$ 2,9 bilhões. E é disso que se trata, quando a direção realiza a política de enxugamento do quadro funcional: entregar esse fabuloso patrimônio do povo do Amazonas, que tem como uma das suas prerrogativas levar o desenvolvimento da região norte do País, aos capitalistas mundo afora.
Em resposta a toda essa investida dos banqueiros e seus governos, os trabalhadores do Basa vêm realizando diversas manifestações, desde o dia em que foi anunciada as demissões. No último dia 13 de abril, aconteceu mais um ato de luta contra as demissões em frente à Matriz do banco, organizado pela direção do Sindicato da região, conjuntamente com a Fetec-CUT Centro Norte, Contraf/CUT e AEBA.
Para o diretor do Sindicato, da Fetec/CN e que integra o Quadro de Apoio do Basa, Sérgio Trindade, “o que o Basa está fazendo é uma arbitrariedade. É injusto e desonesto. E a partir de agora, o nome do Quadro de Apoio é Resistência e Luta” (site Sindicato dos Bancários do Pará 18/04/2022).
Nesse sentido, para barrar mais essa ofensiva reacionária, dos banqueiros e seus governos, é necessária aprofundar a luta da categoria e, a única forma para isso, é levantar uma ampla mobilização que unifique os bancários e todos trabalhadores contra o golpe e o imperialismo. O que vem acontecendo com o Banco Amazonas, em relação à sua privatização, é o que vem acontecendo com o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e os bancos públicos estaduais e demais empresas estatais de maneira generalizada.
Sem barrar a política do golpe, todos os direitos conquistados pelos trabalhadores e a preservação do patrimônio nacional estão em risco. Por isso, é preciso organizar a mobilização de toda a categoria bancária, junto com todos os trabalhadores, colocando nas ruas uma intensa mobilização pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas e, acima de tudo, por Lula presidente.