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Crise do imperialismo

Macron perde maioria absoluta legislativa; extrema-direita avança

Eleições para o legislativo do país foram marcada por um índice altíssimo de abstenções, bem como um domínio por parte da extrema-direita de Le Pen

As eleições para o legislativo francês expuseram a crise pela qual passa o imperialismo: o partido do principal representante da burguesia, o partido do presidente Emmanuel Macron, perdeu a maioria que tinha no parlamento. Dos 577 deputados do parlamento francês, a coalizão presidencial, chamada de Juntos!, não conseguiu os 289 deputados necessários para formar maioria.

Enquanto isso, o NUPES – que é a coalizão de esquerda da qual o Mélenchon faz parte – teve entre 150 e 200 deputados; e a extrema-direita teve o crescimento percentual mais elevado, alcançando 89 assentos: antes destas eleições legislativas, o Reunião Nacional não tinha alcançado sequer 15 deputados, que é o número mínimo necessário para formar um grupo parlamentar.

Com as eleições legislativas, o partido que representa mais fundamentalmente o imperialismo se enfraqueceu e deu lugar a uma gigantesca escalada da extrema-direita, fenômeno que indica que o imperialismo já não consegue mais controlar a situação. A esquerda se mostrou incapaz de captar o descontentamento popular contra o governo Macron, que afluiu para a extrema-direita.

O descontentamento com o regime político de conjunto e, portanto, com a esquerda que se identifica com ele, foi demonstrado também pelo alto índice de abstenções, de modo que, no primeiro turno das eleições legislativas, obteve-se mais de 50% de pessoas que não foram votar.

O fato de o Nova União Popular, Ecológica e Social (NUPES) não estar captando a indignação popular e estar, efetivamente, jogando a classe operária nos braços da extrema-direita, revela o completo fracasso da política de frente ampla e quais são os resultados quando a esquerda decide se tornar porta-voz do regime político decrépito e odiado pelo povo.

A derrota de Macron nas eleições legislativas, bem como a quase derrota nas eleições presidenciais para a fascista Marine Le Pen – e ele só não perdeu por conta do “voto útil” de muitos setores da esquerda, que se colocaram à reboque do imperialismo sob a justificativa de “combater o fascismo” – também indicam a falência da política neoliberal.

A frente ampla com os setores inimigos do povo serve apenas para, aos olhos da classe operária, identificar a esquerda com o regime político, com suas instituições e com a direita imperialista. Tudo isso compõe o cenário perfeito para o crescimento da extrema-direita, que se torna o verdadeiro para-raios da indignação do povo, que é cada vez mais crescente.

A esquerda deve se apoiar na mobilização da classe operária contra o regime político e contra toda a direita, ao invés de levar à frente esta política falida da frente ampla, que consiste em se aliar aos inimigos do povo com a suposta justificativa de combater o fascismo. O apoio à direita neoliberal não representa uma derrota do fascismo, mas sim uma capitulação ao imperialismo e, na prática, significa rifar as lutas dos oprimidos em favor de cargos e interesses pessoais e pequeno-burgueses.

No fim das contas, quando a esquerda se alia aos seus inimigos de classe, o que ela está fazendo é fortalecer a extrema-direita, ao contribuir para, erroneamente, formar na consciência das massas a ideia de que seria o fascismo a única corrente política verdadeiramente antidemocrática.

A esquerda deve ser a corrente política que guiará a classe operária para derrotar toda a direita, não só o fascismo, como também a direita tradicional. A classe operária deve, através de sua própria mobilização, unir-se não com seus inimigos de classe, mas consigo mesma, com a classe operária de todos os outros países, e, na unidade, atuar contra o sistema capitalista, contra a direita, contra a OTAN e contra o imperialismo.

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