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Operário

Lula, o candidato da guerra dos trabalhadores contra os golpistas

Simote Tebet é a candidata da terceira via, do centrão, e é o rumo para a derrota dos trabalhadores

A acirrada campanha para presidente em 2022 está longe de ter seu desfecho perceptível para qualquer dos concorrentes e os políticos. Sempre na frente mas com toda campanha de imprensa tentando derrubar sua candidatura está Lula, Luiz Inácio Lula da Silva. 

As pesquisas encomendadas davam larga vantagem para ele, mas com o passar do tempo e da intensidade de campanha contra sua possível eleição, dizem as tais pesquisas que a diferença está diminuindo.

As últimas divulgadas atribuem ao Lula 44%, para o Bolsonaro 36%, para Ciro 9% e Simone Tebet 4%. E ainda divulgam que a diferença do Lula para o Bolsonaro caiu de 11% para 8% em relação à última apuração.

Depois do golpe de estado contra Dilma Rousseff assistimos aos ferozes ataques neoliberais contra os direitos dos trabalhadores, primeiro com Michel Temer,  um dos arquitetos do golpe e aliado do imperialismo, e na sequência com Bolsonaro, que se beneficiou do golpe. O neoliberalismo iniciado na era FHC nos anos 80 passados continua vigente e mais violento ainda. 

O decadente capitalismo monopolista precisa fazer isso para manter seus lucros crescentes, e a consequência disso é o acirramento da luta de classes, polarizando a tendência política nos extremos da direita e da esquerda. Isso é inevitável, não tem como ser evitado e quando muito pode ser amenizado mas trará ainda maiores perdas para os trabalhadores.

Como quem perde sempre são os trabalhadores, depois de certo limite a revolta bate e é um sai de baixo sem tamanho. O órgão mais sensível do corpo é o bolso, como diz o velho ditado. A raiva vem sem uma canalização adequada e politicamente construída, por falta de clareza das direções da classe que não orientam os trabalhadores, levando a que muitos se desloquem à direita e outros à esquerda. 

A luta de classe é a luta de quem pode mais chora menos e o poder está com o estado capitalista imperialista, fortemente armado e organizado. Os trabalhadores só podem contar com sua organização para enfrentar esse poder, e sem direções competentes não conseguem se organizar e discernir corretamente.

Isso faz com que muitos acabam se deslocando politicamente para a direita, por isso o Bolsonaro conseguiu se eleger, enquanto que Lula foi impedido de concorrer por processos sem base legal. A justiça colaborou e muito para a eleição do Bolsonaro.

Nesse processo a população trabalhadora e o povo só vê a radicalização como meio para barrar tantas perdas. Gritando o tempo todo, nas ruas e nas redes sociais, para tentar evitar mais perdas, e assim mais dias menos dias a coisa avança para um enfrentamento direto e reto colocando abaixo toda a estrutura do estado. Em algum momento isso irá acontecer de fato.

Não será por palavras ou discursos que se irá convencer os milhões de trabalhadores que passam fome, não tem emprego, saúde, educação e moradia, que devam aceitar essa situação de penúria, que tende a aumentar, e assim aceitar passivamente passar por tudo isso.

Dessa forma o discurso da Simone Tebet (MDB-MS) na entrevista da propaganda eleitoral de 2022 para o jornal golpista O Globo, Valor e CBN, dizendo que vai acabar com a polarização é um verdadeiro escárnio, pois para isso seria necessário aumentar o número de empregos e dos salários e acabar com o teto de gastos que só se aplicam à área social, mas continua gastando com as empresas e bancos. Além de anular as reformas trabalhistas e previdenciárias.

Ela alega que a polarização entre Lula e Bolsonaro é devido à falta de programa de governo deles, e esconde o fato que é o empobrecimento gigantesco do povo trabalhador a origem disso.

Se por um lado sua promessa de acabar com a polarização não surte efeito para a classe trabalhadora, pelos motivos acima expostos, ela sinaliza aos donos do poder imperialista que está disposta a ser a terceira via compatível com os interesses deles e não dos trabalhadores. E com isso entra em disputa direta com Ciro Gomes (PDT-CE) para ser a queridinha do imperialismo. Ele está em terceiro lugar nas pesquisas enquanto ela está em quarto lugar.

E é exatamente por isso que ela é contra a polarização. Essa polarização inevitável concentra os votos nos extremos da esquerda e da direita, deixando ela, opção da terceira via compatível com os interesses do imperialismo, fora do páreo juntamente com Ciro Gomes, outra possibilidade, embora mais remota que ela própria, ao que parece.

Ela se diz liberal na economia, apesar de não ser contra o teto de gastos. É favorável às privatizações, mas com critérios. O papel do estado é garantir o futuro, mas não especifica de qual classe social, dos trabalhadores ou dos empresários, já que são interesses conflitantes.

Ela diz na entrevista que esta é uma campanha curta, mas sim polarizada. Que estamos com medo e votando em um para não ter o outro. A campanha é dos extremos e é aí que ela quer se apresentar, como alternativa. “Da terceira via?”

Na questão de invasões de terras indígenas na Amazônia se posicionou contra as invasões dos dois lados e a favor de toda demarcação das terras indígenas, e que é através da lei com moderação, diálogo e equilíbrio que se deve resolver a questão.

Lembrando que ela é uma das maiores proprietárias de latifúndio do MS, onde estão sendo dizimadas várias etnias indígenas e pequenos agricultores por pistoleiros, PM e a força de segurança nacional, expulsando eles de suas terras e conforme denunciado pelo candidato ao governo de MS, Magno Souza,  indígena verdadeiro, alegando que ela é uma grande inimiga dos povos indígenas.

Durante a entrevista cita que a reforma do ensino médio do Temer não está concluída e que vai completar. Quanto ao orçamento secreto, que garante ao presidente gastar bilhões durante as eleições em emendas parlamentares sem citar o parlamentar, ela não é contra e que vai dar mais transparência aos gastos.

E assim ela diz querer acabar com a polarização, soltando mais dinheiro para obras e as empreiteiras que a farão, deixar as terras indígenas na mesma situação que se encontra, com mortes diárias de indígenas e pequenos produtores rurais.

Essa política tende a manter e até piorar a situação da polarização, então isso é só “conversa para boi dormir” e tentar convencer os latifundiários, banqueiros e todo o imperialismo que ela é uma alternativa para eles.

E é nas ruas que os trabalhadores e o povo darão a resposta a ela. Com fortes mobilizações e com intensa polarização, dos pobres contra os ricos, que mesmo na gigantesca crise e decadência do sistema capitalista continuam aumentando significativamente os lucros, e como sempre às custas da fome e miséria do povo trabalhador.

É por isso que a polarização não terá fim, enquanto não acabar o pior sistema de opressão que a humanidade já desenvolveu. Acumula muita riqueza de um lado e muita fome e miséria do outro. Assim não é possível continuar, precisamos dar um basta nisso tudo. Às ruas companheiros, até a vitória sempre.

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