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Erro absurdo

Lula busca apoio do PSDB, para a alegria de Bolsonaro

Não é com os golpistas e neoliberais que Lula deve se aliar, porque não farão nada de positivo em sua campanha, e sim com a CUT, o MST e os movimentos sociais

Quem já se esqueceu do golpe de 2016? Ano em que tiraram a presidenta Dilma, eleita pela maioria da população mais pobre. Quem não lembra da presidenta, certamente vai lembrar dos preços nas prateleiras dos supermercados, das filas nos restaurantes, dos aeroportos cheios de gente, desde as que recebiam salário mínimo até os mais ricos que viajavam todos os dias, das rodoviárias soltando gente pelo ladrão, de quando o Uber era usado o dia todo e até os táxis pegando passageiros o dia inteiro, dos churrascos nos finais de semana e até no meio da semana, das geladeiras cheias, governo em que você podia escolher que emprego você ia ficar de tantos postos de serviço novos que surgiam a cada dia, a taxa de desemprego no governo Dilma chegou a ficar abaixo de 4,5%, uma taxa de desemprego de país de primeiro mundo, a burguesia contribui sobremaneira para o sucesso do governo Lula…

Por que se lembrar desse tempo? Quem passou pelo governo Dilma e estava aqui antes da entrada do PT no governo, grande parte do eleitorado de hoje, sabe muito bem como foram os anos do governo FHC (Fernando Henrique Cardoso, do PSDB) para os mais pobres, com filas de engenheiros recém formados tentando fazer inscrição para concurso da Comlurb (Companhia de Lixo Urbano) porque a escassez de empregos era muito grande, e de concursos também, quem não estava tentando o seu primeiro emprego tinha sido demitido de alguma empresa que estava com dificuldades financeiras para se manter, ou ainda tinha sido demitido por um programa de demissão voluntária de uma das várias empresas estatais que foram privatizadas no governo FHC, e vendidas a ‘preço de banana’, um verdadeiro absurdo que deixou um contingente muito grande da população indo voltar a morar na casa dos pais, de tão problemático que era conseguir algum dinheiro, tempos dos salários congelados e salário mínimo tão baixo que para alguns não compensava ir trabalhar porque o dinheiro faltava no final do mês para a passagem.

Também era quase certo de você ser agredido pela polícia se participasse de alguma manifestação ou piquete de greve. Esses tempos foram tão ruins para a classe trabalhadora que um sentimento de raiva se acumulou no pensamento das massas de trabalhadores, raiva pelo partido que acabou com os empregos no país, deixou grande parte da população faminta, e volta e meia, o mandatário, o presidente que ficou estigmatizado com os adjetivos de “príncipe da privataria” e “lesa-pátria” além de seus companheiros de partido, o PSDB. Os políticos do PSDB inauguraram uma fase de desgraça no país, o neoliberalismo, fase em que fomos levados a pensar que o pior tinha passado, que foi o tempo quando tínhamos no governo Sarney, por exemplo, vários meses com hiperinflação.

Os políticos do PSDB eram conhecidos por massacrar a população nas manifestações com a brutalidade das polícias usada contra ela, o partido protagonista da fase em que todo mês aparecia um caso de corrupção e que hoje é como se as a população não se desse conta disso, e direcionasse todo a sua raiva, pelas dificuldades econômicas, contra o PT. A Rede Globo, uma empresa monopolista imperialista estadunidense e golpista de longa data, que apoiou os políticos do PSDB desde que surgiram depois da ditadura militar até os dias atuais, direcionou esse ódio da população, causado pelo desastre da política neoliberal implantada pelo PSDB, para o PT. 

Além disso tudo, de vez em quando ainda, a classe trabalhadora era obrigada a ver no horário nobre o presidente lesa-pátria, como ficou conhecido FHC, zombando da população nos noticiários e entrevistas dos telejornais. Nem com a ajuda dos jornalistas da Globo foi fácil mostrar FHC como um político que não fosse letal para a classe trabalhadora.Foi assim os surgimento destes que hoje são quase como uns dinossauros que espoliaram todo o dinheiro da classe trabalhadora e deixaram a população à míngua, como vimos recentemente um dos mais novos destes dinossauros, e também um dos mais letais, João Dória, em ação sugerindo que os pobres comam ração.

Pois foi exatamente essa gente, do PSDB, que armou um teatro para tirar Dilma Rousseff do cargo de presidenta e colocou Michel Temer e depois Bolsonaro, fazendo novamente outro teatro com a prisão de Lula. Enfim, voltamos aos tempos da escassez de empregos, dos preços altos nas prateleiras, das pessoas endividadas sem conseguir pagar suas contas, das pessoas sem poder fazer churrasco sequer uma vez por mês, hoje o churrasco é coisa de se precisar fazer uma vaquinha para se ter um churrasco mais normal, como no tempo de Lula e Dilma, e conseguimos ficar ainda piores porque falta até ônibus para cobrir o fluxo das pessoas no transporte, enfim, voltamos ao tempo em que além de faltar dinheiro pra pagar a passagem, não tem ônibus sem ser lotado e os patrões não querem dar férias, 13o, vale transporte, plano de saúde virou coisa de empresa multinacional, e ainda teve uma pandemia na qual o governo fez um completo descaso pela vida da população.

Enfim, depois de todo esse prelúdio do caos na vida econômica da classe trabalhadora brasileira causada por esses políticos, que hoje são dinossauros, do PSDB, com a política de terra arrasada do neoliberalismo somos obrigados, além de vê-los retornar no comando dos rumos econômicos do governo Bolsonaro, somos obrigados a vê-los como aliados de um possível novo governo do ex-presidente Lula que parece que foi anestesiado por um tipo de amor egoísta e identitário da pequena-burguesia e esqueceu o que passou quando esteve preso por condenações judiciais onde não existiam provas mas convicções de que a vontade da burguesia e do PSDB era de que Lula teria que estar na cadeia, encerrando consigo o desejo da população, e essa população foi convencida disso também, pela conhecida empresa estimuladora do fascismo, a Rede Globo, de que Lula era um criminoso.

A campanha de Lula está muito direitista com o identitarismo, com a proteção da PF em comícios fechados, conciliando com os demais candidatos nos debates etc. Ele precisa mudar isso, passar por cima dessas estratégia de grandes amigos do imperialismo da ala direita do PT e do PSOL-PSB-PCdoB, que o estão assessorando. Um setor da burguesia, insatisfeito com Bolsonaro, na verdade, está dominando a campanha de Lula.

 Não é com estes golpistas e neoliberais que Lula deve se aliar e sequer buscar dialogar, muito menos se preocupar com pesquisas feitas e analisadas pelas empresas que o chamam de criminoso o tempo todo, para manipular a população. Estes políticos dinossauros não farão nada de positivo na campanha de Lula e a população sabe disso, os que se lembram dos governos desses políticos sabem muito mais. O apoio de Lula para alavancar sua nova candidatura está na CUT (Central Única dos Trabalhadores), no MST (Movimento dos Sem Terra) e em todos os movimentos sociais que representam os trabalhadores brasileiros, que são os verdadeiros oponentes da classe burguesa. a burguesia comanda o PSDB e a imprensa monopolista, essa que sempre atacou e lançou notícias tendenciosas para estimular o ódio da população contra o governo Lula, com notícias falsas em todos os noticiários durante todo o período em que o PT governou. E hoje vemos uma parte da esquerda defendendo esse tipo de jornalismo, e políticos como Alckmin e Aloísio Nunes, entre outros que estão grudados na candidatura Lula e só servem como peso morto, que puxa a candidatura para a direita, e para o retrocesso e inimizade da classe trabalhadora.

É Bolsonaro, preterido por um setor da burguesia, que está usando essas alianças que Lula está fazendo com esses elementos odiados pela população para dizer para o povo para não votar no Lula porque será um governo dos velhos políticos de sempre, daqueles corruptos que sempre estiveram aí destruindo o Brasil. O povo odeia o PSDB, o FHC, o Alckmin etc. Isso só queima o filme do Lula.

Está na hora de polarizar a campanha, mostrar que é o candidato dos trabalhadores, dos pobres, dos movimentos populares contra os ricos e exploradores, contra os políticos de sempre, contra o fascismo e os dominadores estrangeiros do País. Está na hora de chamar a CUT, o MST e a base do PT para encherem as ruas de vermelho como um verdadeiro exército popular para vencer as eleições e construir um governo dos trabalhadores, sem patrões e sem golpistas.

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