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Abaixo a repressão

Lei Antiterrorismo: esquerda apoiando a prisão de manifestantes

Não cabe à esquerda apoiar a repressão estatal. Tal política não deve ter lugar neste campo político. É preciso lutar para que Lula revogue a Lei Antiterrorismo

Os protestos bolsonaristas que tiveram lugar com o fim da eleição diminuíram em escala, conseguindo ainda realizar alguns atos bastante grandes. De lá para cá, a repressão se abateu sobre essas manifestações de uma série de formas arbitrárias. A mais nova delas pode ser a Lei Antiterrorismo, uma lei absurda aprovada em 2016 sob pressão do imperialismo, ao fim do segundo governo Dilma Rousseff, acossado e derrubado pelo golpe.

Uma série de setores da esquerda à época protestaram contra a tipificação do terrorismo em lei, entendendo como uma medida arbitrária que apenas servia para agravar crimes já previstos pela legislação e abrir precedente para a perseguição aos movimentos sociais. Agora, muitos desses setores apoiam a perseguição política com o uso dessa lei, direcionando-a contra os bolsonaristas, uma arbitrariedade que, não tardará, irá se voltar contra a própria esquerda e os trabalhadores em geral.

De mal a pior

A esquerda, deparada com o bolsonarismo, vem cedendo à pressão da ala mais forte da burguesia, a ala imperialista, da direita tradicional, e sendo completamente cooptada. O método fascista da lei contra a dissidência e o protesto demonstra a direitização completa de todo esse setor da esquerda, falido completamente de qualquer política própria. Ao taxar manifestantes de terroristas, bandidos, vândalos, e pedir penas para eles, essa esquerda emula a própria imprensa burguesa. Caso os bolsonaristas sejam de fato enquadrados na Lei Antiterrorismo, será a comprovação da política do Partido da Causa Operária.

Bolsonaristas já foram condenados a pagar multas estratosféricas, tiveram contas bancárias bloqueadas, protestos classificados pelo judiciário como ilegais, entre uma série de outras arbitrariedades. As polícias militar, federal e etc. chegaram a ser empregadas contra esses protestos, e sob a torcida ávida de uma ala da esquerda que aderiu à sede de repressão de seu “guardião da democracia”, o ministro Alexandre de Moraes. Os bolsonaristas, ao questionarem um processo eleitoral permeado de fraudes escancaradas, como a operação da polícia federal no dia da eleição, a coação patronal generalizada, a urna eletrônica inauditável e inquestionável, não fazem mais do que expressar uma desconfiança popular que é total no que se refere às instituições golpistas.

Este Diário vem denunciando a escalada da repressão com tal política, que em nada se assemelha a uma política dos trabalhadores. Os próprios métodos utilizados pelos bolsonaristas são métodos tradicionais da esquerda, e o motivo que os levou à rua, o questionamento do processo eleitoral, também é típico à esquerda. O bloqueio de estradas é utilizado por movimentos grevistas, de camponeses e de indígenas, é um método da esquerda. As palavras hoje utilizadas por parte da esquerda para condenar tal ação foram retiradas de maneira direta do manual para criminalizar os movimentos populares da imprensa burguesa e golpista.

Pôr fim ao retrocesso, retomar o avanço

É preciso dar um basta a essa loucura! Não cabe à esquerda apoiar a repressão estatal. Tal política não deve ter lugar neste campo político. A eleição de Lula se deu com um forte movimento de base, dos trabalhadores, nos locais mais explorados do país. As massas de vermelho, uma expressão de sua radicalização, tomaram as ruas para levar à vitória o presidente que identificam como seu. Agora, aproveitando esse movimento e a disposição dos trabalhadores, é preciso lutar para que Lula revogue a Lei Antiterrorismo, que é apenas mais uma ferramenta do Estado para perseguir os cidadãos, não tem função alguma na sociedade que não esta.

O desmantelamento do aparato repressivo é a pauta dos trabalhadores, é a pauta minimamente democrática, e deve estar ao lado das exigências sociais imediatas. É preciso combater a miséria e a repressão que mantém a classe operária na miséria. O aparato de perseguição e humilhação do trabalhador, de massacre diário, sem o qual é impossível manter o povo na fome, no desemprego e no desalento deve ser desmontado. Somente um governo com uma base forte, organizada, mobilizada, poderá levar adiante essa luta. Não apenas pelos direitos básicos como à comida, é preciso mobilizar pelas liberdades democráticas! Por um governo dos trabalhadores!

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