O meio-campista do Paris Saint-Germain, Idrissa Gueye, é o mais recente alvo de cancelamento do identitarismo. Segundo matéria da RT desta segunda-feira (16), o jogador está na mira dos identitários ligados a grupos LGBT franceses.
No jogo desse último sábado (14), pela League 1, contra o time do Montpellier, o jogador ficou de fora da partida vencida pelo PSG por 4-0, numa clara punição que recebeu dos donos da equipe parisiense por recusar-se a vestir uma camisa feita em solidariedade com o dia Internacional Contra Homofobia, Bifobia e Transfobia. Tal recusa da camisa, que foi doada por Messi e companhia, e exibia os números dos jogadores nas cores do arco-íris (a cor que representa a bandeira LGBT), captou a atenção e a ira de alguns grupos que logo pediram o cancelamento e a punição do jogador, exemplos claros de como a política identitária, ao invés de pregar a tolerância entre as pessoas, consiste na punição.
“Homofobia não é uma opinião, mas sim um crime”, publicou o grupo LGBT Rougue Direct em sua conta no Twitter.
Ou seja, em nome de uma suposta “luta” contra a opressão, oprime-se mais. A censura da liberdade de expressão inicia-se, e o pretexto é de “crime de ódio”. Alegam que, combatendo opiniões, estão combatendo crimes e o ódio. É, antes de tudo, uma ideologia que serve aos interesses do imperialismo, perseguindo e censurando aqueles que se colocam contrários à sua imposição.
“A LFP (Liga Francesa) e o PSG devem pedir para Gueye se explicar imediatamente”. Diz o mesmo grupo. Por quê? O jogador, inclusive africano e negro, da religião muçulmana, já apareceu em mais de 100 jogos pelo PSG. Agora, por uma escolha pessoal que nada tem a ver com o futebol, é punido injustamente.
Analisando os comentários do artigo da RT em questão, é interessante notar quão impopular vem se tornando as pautas identitarias e, até mesmo, perigosas às próprias comunidades que essa ideologia julga defender.
Um usuário e leitor do canal russo de notícias respondeu: “Eu apoio a decisão de Gueye de não dar apoio a uma agenda que ele não segue”. Outro comenta que “[…] os LGBT podem fazer o que quiserem e não devem ser perseguidos se não machucam ninguém. Mas o que algo como a preferência sexual tem a ver com uma partida de futebol?”
Fica claro que o trabalho do identitarismo, pai do cancelamento atual, é, de fato, pregar o clima de caça às bruxas da era moderna.