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Pró Cultura

Jimin troca microfone por fuzil

BTS e o serviço militar obrigatório; a tradução de Army

Jimin vai pagar flexão com fuzil na mão; essa é a notícia.

Que o imperialismo ataca a cultura nós sabemos, mas é interessante observar o processo em que a própria cultura promovida por eles se fagocita. A indústria do K-pop, abreviação de música popular coreana, é impulsionada diretamente pelo governo da Coréia do Sul para promover seu estilo ao redor do mundo.

De incontáveis supergrupos masculinos, femininos e mistos, quem mais se destaca é o grupo BTS, fazendo um sucesso escabroso tanto no seu país, quanto fora. Os armys,  sua legião de fãs que agem como um verdadeiro exército, entretanto, verão o grupo entrar em uma provável pausa forçada, já que seus membros abandonarão seu exército de adolescentes de cabelo azul que frequentam a Liberdade para servir ao exército sul-coreano.

Se, no Brasil, a campanha é de que o amor vai vencer a arma, Jungkook vai parar de cantar Fake Love para dar tiro de verdade.

Na Coréia do Sul, é obrigatório que todos homens façam parte do serviço militar obrigatório por 18 meses, a partir dos 28 anos. Enquanto os membros do BTS não foram liberados do serviço, Faker, um jogador sul-coreano de League of Legends, foi liberado por ser considerado uma pessoa que já fez muito pelo país, o representando ao longo do mundo. A reação dos fãs foi como a que vemos em qualquer situação: muito barulho no Twitter, pouco pneu pegando fogo.

Mas, claro, o pneu não pegou fogo porque se trata de um supergrupo de K-pop, e você deve estar pensando: “que relação fã de grupinho musical poderia ter com política?”

E é aí que entra a atuação dos armies: eles sabem, sobretudo, ser muito chatos. O exército sul-coreano nunca deve ter tido tanto protesto contra a sua existência quanto está tendo agora por parte dos seus fãs. Cometer crimes em guerras? Tranquilo. Mas recrutar os idols? Aí, para o povo do país que é cachorrinho dos Estados Unidos, eles passaram dos limites!

É válido lembrar que quando eles querem ser chatos, eles são realmente muito chatos. Durante a campanha norte-americana, os fã-clubes se uniram em apoio ao caquético Joe Biden e sabotaram, como puderam, os comícios do homem laranja e ex-presidente Donald Trump. Uma vez, inclusive, que o estádio precisava de reserva de ingressos e os armies, na surdina, reservaram a maior parte dos assentos, fazendo com que Trump desse um discurso não para os seus apoiadores, mas sim para os espíritos que frequentaram os assentos vazios de toda uma arena.

Por fim, os membros do BTS servirão ao exército sul-coreano e, quem sabe, não estarão na linha de frente de uma guerra pela unificação das Coréias em algum futuro não muito distante. Se você, que está lendo esse texto, tiver uma idade próxima a 28 anos, for sul-coreano e for convocado para prestar o serviço militar obrigatório na Coréia do Sul, talvez encontre o J-Hope no vestiário do quartel, se trocando, para se apresentar não mais aos palcos, mas ao sargento da sua unidade.


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