Nesta quinta-feira (09), o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdolahian, denunciou, em sua conta no Twitter, uma interferência da Alemanha nos protestos golpistas que ocorrem em seu país. Na mensagem, direcionada a Annalena Baerbock, ministra das relações exteriores da Alemanha, o chanceler iraniano sublinhou que “posturas provocativas, intervencionistas e pouco diplomáticas não indicam sofisticação ou sabedoria”.
“Comprometer laços antigos tem consequências a longo prazo. A Alemanha pode escolher o compromisso para enfrentar desafios comuns – ou, o confronto. Nossa resposta será proporcional e firme“, disse Abdolahian, apontando que o Irã deve tomar medidas contra a ingerência alemã.
Contrariando normas e acordos internacionais e a tão famosa autodeterminação dos povos, a participação da Alemanha nas mobilizações golpistas no Irã mostra, de maneira clara, como o imperialismo age quando quer desestabilizar determinado governo.
Finalmente, as grandes potências estão em crise e, portanto, precisam arrumar recursos de algum lugar, mesmo que isso signifique infringir completamente a soberania de outros países. Os atos que ocorrem no país persa são ainda mais uma operação que serve justamente para isso, visando estabelecer um governo fantoche no Irã que, consequentemente, atenda a todos os pedidos do imperialismo. Algo que, como mostra a história, resulta em uma miséria inigualável ao povo que habita esses lugares.
Não é à toa que, tendo isso em mente, os trabalhadores iranianos estão tomando as ruas para pôr um basta na sabotagem que o imperialismo tenta promover no país. Afinal, o povo sabe do que a política imperialista é capaz e, logo, prefere lutar a deixar que o Irã caia nas mãos do pior algoz de toda a história.