O imperialismo tem feito constantemente campanha contra o governo brasileiro por ter autorizado ou pelo menos não impediu o desmatamento da floresta Amazônica, contribuindo para a crise climática. Recentemente quando o governo Brasileiro solicitou ingressar na OCDE, eles fizeram uma enorme quantidade de exigências ambientais para o ingresso do país no seleto clube de “nações ricas”.
Mas ao mesmo tempo que dizem se preocupar com o meio ambiente, fazem articulações junto ao governo através das embaixadas dos governos dos EUA, Canadá, Inglaterra e Europa para que afrouxem a legislação ambiental e para desburocratizar os processos para facilitar a atuação de suas mineradoras no território nacional.
Essas articulações são feitas não apenas por meio das embaixadas, mas também com os ricos milionários proprietários das mineradoras. E diga-se de passagem, mesmo as nacionais têm grande participação de capital das empresas estrangeiras, dos mesmos países citados acima. Fizeram isso para trazer tecnologias que tornam a exploração mais produtiva.
O efeito disso é que o governo do Bolsonaro desmantelou todos os órgãos de fiscalização ambiental, favorecendo grileiros, pecuaristas, garimpeiros e madeireiros que atuam ilegalmente no país, especialmente na Amazônia.
Isso levou a que mais de 10 mil quilômetros quadrados de floresta fossem devastados em apenas 11 meses em 2021, segundo dados dos satélites do Imazon e conforme matéria do portal Carta Capital. Um perfeito desastre ambiental, que revela a hipocrisia e a demagogia do imperialismo, que com suas ONGs e seu discurso “ambientalista” e identitário servem para dissimular e esconder sua política de rapina dos países atrasados, e neste caso dos povos indígenas.
As articulações são feitas nos encontros internacionais entre os governos com participação do ministro de Minas e Energia do Brasil, cargo ocupado por Bento Albuquerque, e das empresas mineradoras imperialistas. E também pressionam o governo para aprovação do Projeto de Lei 191/20, se for aprovado levará ao montante de 160 mil quilômetros quadrados devastados na floresta amazônica. Isso equivale a uma área maior que o território da Inglaterra.
Esses encontros ocorreram em Ottawa, Toronto e também com 13 países membros da União Europeia. Neles os governos imperialistas influenciam o governo brasileiro para fazer alterações nas políticas públicas e legislação favorecendo a atuação das mineradoras até mesmo em terras indígenas, onde o Observatório da Mineração conseguiu apurar a participação de governos estrangeiros.
E temos assistido constantemente a matança aos montes de pequenos agricultores, lideranças indígenas e ativistas por confronto com grileiros, garimpeiros e latifundiários, sem que o governo apure os crimes que não raro tem a participação de policiais, fardados ou não.
Os países imperialistas divulgam na imprensa que estão muito preocupados com o meio ambiente, mas nos bastidores atuam junto aos governos direta ou indiretamente pelas ONGs fazendo lobbies para que o saque aos recursos naturais.
Ainda querem que seja feito com a conivência do governo brasileiro e dos demais países atrasados, e assim garantir seus lucros. Com isso as populações indígenas continuam na mais absoluta miséria, sem atendimento médico, com fome e desnutrição, largados à própria sorte.
A diretora da Amazon Watch, Ana Paula Vargas, diz que tanto nos EUA como no Canadá é permitida a exploração em terras indígenas, mas os problemas são grandes para os indígenas. São comuns fraudes na consulta a esses povos, violência contra eles e em especial com as mulheres, além de baixos pagamentos de royalties, empregos precários e degradação ambiental.
No Brasil é a mesma situação, isso ocorre com as empresas Belo Sun Mining, controlada pela Forbes & Manhattan, canadense, que tem a maior exploração de ouro a céu aberto do mundo às margens do Xingu.
O banco canadense F&M conseguiu acesso direto ao vice-presidente Hamilton Mourão, por intermédio de Cláudio Barroso Magno, ex-militar que desde 2019 desempenha papel de lobista para o banco canadense, com interesses nos projetos da Belo Sun.
De acordo com o relatório da Amazon Watch e da Apib, o desmatamento ligado à mineração na Amazônia aumentou 62%, desde a eleição de Bolsonaro. Em 2020, o Brasil exportou 110 toneladas de ouro, principalmente para o Canadá, Suíça, Polônia e Reino Unido. Mas, segundo um estudo elaborado pela UFMG a pedido do Ministério Público Federal, 30% do ouro exportado em 2019 e 2020 tem origem ilegal.
Essas reuniões e os lobbies entre as embaixadas dos EUA, Canadá e Inglaterra com bolsonaro tem exclusivamente a intenção de praticar a rapina nos países atrasados e para isso usam da demagogia dos “bons mocinhos”, que prezam pelas mulheres, pelos indígenas, pelos negros e demais minorias, colocam uns contra os outros, para de mansinho levar toda riqueza desses países, deixando no local apenas e tão somente a fome, miséria e doenças.