A capoeira faz parte da cultura popular brasileira, é um símbolo claro da luta e resistência dos povos oprimidos desde séculos passados. Em 2014, a UNESCO reconheceu a Capoeira como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Uma roda de capoeira traz a importante força de sua musicalidade, pois agrega força e agilidade, numa composição de dança e meditação como foco dos movimentos.
No dia 11 (domingo), a partir das 13h, na quadra da escola de samba da Unidos do Jacarezinho, estiveram presentes cerca de 100 pessoas, contando com os membros do grupo Geração Nagô, convidados de outros grupos e espectadores, familiares dos alunos, no “batizado”, tradicional na capoeira. Teve também participação especial dos diretores da própria Escola de Samba, que foram até lá prestigiar o evento. Entre os participantes, três militantes do PCO do Rio de Janeiro trocaram suas cordas no esporte: Luan, Ryan e Vinicius.
Para Luan, a arte marcial abre portas e coloca um partido operário como o PCO, muito próximo à comunidade. Segundo o militante, o evento foi um sucesso, “uma grande festa”, e que o grupo tem se ampliado e solidificado. Com aulas de capoeira para crianças e adultos, todos os dias das 19h as 21h, mestre Baia e o instrutor Touperia convida a população a participar, o local é da atividade é na antiga Casa da Paz, no CRJ no Jacarezinho. https://www.instagram.com/geracao.nago/
“Tanto para mim, como para os outros companheiros do partido, foi uma honra participar desse evento. A capoeira tem uma importância política enorme para nossa atividade, abrindo portas para um trabalho cada vez mais próximo com a comunidade do Jacarezinho. Para um partido operário, é importante também defender a capoeira enquanto uma arte marcial marginalizada, surgida na época da escravidão como mecanismo para se defender da repressão. E até hoje exerce esse papel. Os alunos da Geração Nagô são em sua maioria moradores da favela do Jacarezinho, pessoas populares. Há também um núcleo grande em Piabetá, na baixada fluminense.”
No Brasil, nas favelas e periferias, jogar capoeira faz parte do cotidiano do povo. As rodas podem acontecer de maneiras espontâneas ou mesmo organizadas. Essa é uma atividade que o Partido da Causa da Operária incentiva de forma veemente que seus militantes pratiquem, não apenas para a autodefesa da militância de esquerda, mas também como forma de ampliar as ligações, da classe operária e oprimida do país as bases do Partido.
Essa ligação coloca em marcha uma das principais reivindicações do Coletivo de Negros João Cândido do PCO, que é o fim da polícia. Principalmente no Rio de Janeiro, onde o braço armado do Estado capitalista ataca e mata pretos e pobres diariamente. A capoeira sempre foi e será uma forma de lutar contra a repressão, sem contar a coletividade e união dos trabalhadores do Brasil.



