Na última terça-feira, dia 3, a Guarda Civil Metropolitana (GCM), agindo da forma fascista como sempre faz, agrediu pelo menos 10 estudantes com spray de pimenta dentro de uma Escola Municipal de Goiânia.
Os estudantes passaram mal com a agressão e precisaram ser socorridos pelo Corpo de Bombeiros e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Embora não tenha sido necessária a hospitalização dos mesmos, a agressão fascista gerou revolta nos pais dos alunos, nos funcionários da escola e nos demais alunos.
Segundo a assessoria oficial da GCM, a corporação estava na escola para dar uma palestra a respeito de brigas que supostamente vinham ocorrendo entre alunos dentro do ambiente escolar e nas proximidades. Veio a convite da diretoria, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SME) de Goiânia.
Ainda segundo a assessoria, uma briga teria irrompido no banheiro masculino e se espalhado para a quadra de esportes, onde a palestra estava ocorrendo. A GMC teria feito uso da força para evitar algo pior, e “para proteger as crianças delas mesmas”.
Já não bastasse a violência fascista cometida contra os estudantes, o povo ainda tem que aturar uma desculpa esfarrapada dessas, uma justificativa cínica.
Em primeiro lugar, o que diabos essa tropa fascista teria para ensinar aos alunos contra brigas escolares? São profissionais da violência contra o povo. Se há algo que eles sabem ensinar, é a violência fascista. Não tinha que estar dando palestra nenhuma na escola.
Em segundo lugar, esse ocorrido demonstra o que o Partido da Causa Operária vem falando desde o surgimento das Guardas Municipais: é uma nova Polícia Militar (PM); é uma nova tropa fascista criada para aumentar a opressão contra os trabalhadores e suas famílias.
Não se pode nutrir a ilusão de que esses fascistas estão aí para ‘proteger e servir’ (para usar um slogan ianque), para resolver os problemas do povo. Pelo contrário, a função deles é reprimir a revolta do povo contra as mazelas de todo dia.
Não há nada que eles possam ensinar ao povo sobre como resolver os problemas que o aflige.
A única coisa que os trabalhadores e suas famílias têm a aprender com essas tropas fascistas é que elas são seus inimigos.
Esse tipo de agressão, algo rotineiro, impõe aos trabalhadores a necessidade de se organizar em comitês populares, ou seja, órgãos do poder popular por meio do qual a própria comunidade possa resolver seus problemas, tais como brigas entre alunos.
Os comitês populares também precisam ser comitês de luta, para que a classe trabalhadora possa organizar sua autodefesa contra o braço armado do Estado Burguês, do qual as Guardas Municipais fazem parte.
E isto impõe mais outra necessidade: a do armamento dos trabalhadores das cidades e do campo. O direito ao armamento é um direito democrático básico; sem ele, os trabalhadores ficam totalmente indefesos diante da repressão do Estado Burguês.
Episódios com este são frequentes. No mês de março, professores goianienses foram injustamente agredidos pela GCM enquanto protestavam por melhorias salariais. Hoje foram estudantes dentro de uma escola.
Tudo isto é feito com a anuência do Estado Burguês. Não adianta nutrir esperanças de que o mesmo irá se colocar a favor do povo e contra sua própria tropa de choque. Igualmente, não adianta nutrir esperanças de que a burocracia do Ministério Público e do Poder Judiciário poderá resolver este problema.
Não, a solução só pode vir através da mobilização das massas e da organização dos trabalhadores em comitês populares, em comitês de luta, órgãos do poder popular através dos quais o povo lutará por seus direitos, dentre os quais o direito ao armamento.
Vale lembrar o que dizia Lenin: “A única forma de democracia é um fuzil no ombro de cada trabalhador”.
PELO FIM DAS GUARDAS MUNICIPAIS!
PELO FIM DA POLÍCIA MILITAR!
PELO DIREITO AO ARMAMENTO DOS TRABALHADORES DA CIDADE E DO CAMPO!