Com o aumento da crise social promovida pelas políticas econômicas neoliberais, as quais só trazem arrocho, desemprego, violência e fome para os povos, manifestantes indígenas do Equador entraram em confronto com as forças de segurança de Quito, a capital equatoriana.
Nessa terça-feira (21), as Forças Armadas do país afirmaram que não permitirão protestos que atentem contra a “democracia” no Equador. Na segunda-feira (20), milhares de indígenas protestaram em passeata contra as políticas do presidente Guillerme Lasso, que vem criando obstáculos para atender os dez pedidos feitos pelos povos indígenas. Aumento do orçamento para saúde e educação, redução dos preços dos combustíveis, limite da expansão petrolífera e ampliação do prazo para pagamento de dívidas estão na relação dos pedidos.
Na passeata, alguns manifestantes jogaram paus nos policiais e entraram em confronto com eles, que os atacaram com gás lacrimogêneo e munições não letais. Em comunicado à imprensa, o ministro da Defesa, Luís Lara, implicitamente prometeu intensificar ainda mais a violência contra os justos protestos do povo. “As Forças Armadas não permitirão que se tente romper a ordem constitucional ou qualquer ação contra a democracia e as leis da República. Convocamos os equatorianos à unidade nacional”, disse Lara.
Não existe unidade nacional em torno da política econômica imperialista. Existe, sim, uma polarização que os governos e seus meios de comunicação hegemônicos querem esconder e faltar com a verdade, mentir. O povo está sendo sufocado. Esses enfrentamentos são frutos da política de morte imposta pelo imperialismo sobre os países da América Latina, que tem como propagadores os governos direitistas da região.
Mas a população equatoriana, como outras que certamene farão o mesmo, começa a se insurgir, se organizar e partirá para o ataque, pois não tem mais condições de arcar com o parasitismo dos banqueiros e do capital financeiro internacional, que esfola economicamente através de juros extorsivos os países mais pobres. Além desse arrocho e aumento da inflação, os capitalistas estão roubando o patrimônio nacional por meio das criminosas operações de privatização.
É preciso apoiar todas as lutas dos povos oprimidos contra o imperialismo e seus capachos, como esse Guillermo Lasso. Para assegurar a libertação da classe operária, é fundamental pôr abaixo essa política neoliberal de desemprego, fome e morte.