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Golpe eleitoral

Explodem denúncias de golpe eleitoral contra Lula

Em apenas um dia o numero de denuncias de assédio eleitoral contra trabalhadores cresce 13% segundo dados do MPT

Dia a dia os casos do chamado “assédio eleitoral” vêm se multiplicando aceleradamente tal qual um vírus. Até o dia 26 de outubro o MPT (Ministério Público do Trabalho) diz ter recebido 1.633 relatos de assédio eleitoral. Passado apenas 1 dia esse número subiu para 1.850 denúncias feitas contra 1.440 empresas em todo o Brasil, segundo dados atualizados daquela instituição até às 11 horas do dia 27 de outubro. Um imenso escândalo que prova de maneira cabal que o golpe eleitoral planejado pela burguesia e seus aliados imperialistas se encontra em marcha. É claramente uma operação de grande dimensão. Não se trata de ocorrências pontuais insignificantes.

Se em 2018 o golpe foi tirar Lula das eleições por meio de processos fraudulentos, agora a estratégia escancarada é a ação coercitiva dos patrões contra os trabalhadores. Pretendem com isso, por meio de ameaças de demissão, conseguir que milhões de votos que seriam naturalmente de Lula sejam transferidos para o atual presidente que é candidato à reeleição.

O termo assédio eleitoral nada mais é do que coação, ameaça e intimidação descaradas de que os patrões estão fazendo uso a fim de obrigarem os trabalhadores a votarem em seu candidato. Nesse jogo sujo, até mesmo suborno é utilizado caso as ameaças não surtam o esperado resultado.

Como o grande capital esperava diminuir a força de Bolsonaro nessas eleições, principalmente no primeiro turno, não se estimulou a ação coercitiva do patronato da forma que vemos agora. No primeiro turno foram apenas 63 casos de assédio registrados pelo MPT. É um aumento de quase 3.000% no número de denúncias agora no segundo turno.

Nas eleições de 2018 foram 212 casos relatados, número quase 9 vezes menor que o atual, até o presente momento. A continuar assim, até domingo esse número tende a crescer muito visto que nada está sendo feito pelas glorificadas instituições públicas que deveriam fiscalizar as eleições.

A coisa é grave e mostra o quanto o poder da burguesia está firmemente concentrado em levar Bolsonaro por mais 4 anos ao Planalto. Pois, se as denúncias que são levadas a conhecimento do MPT chegam ao montante anunciado, a quantidade real de casos deve ser no mínimo10 vezes maior. Isso por que, por medo de demissão ou perseguição, praticamente nenhum operário denuncia ou praticamente nenhuma denúncia chega às autoridades.

A esquerda, infelizmente, continua depositando sua confiança no judiciário e no aparato de segurança do estado burguês. Acreditam que seguramente as autoridades do judiciário e o TSE, capitaneado por Alexandre de Moraes, haverão de garantir um pouco de ética ao pleito eleitoral punindo o empresariado bolsonarista. Por enquanto não é o que estamos vendo.

Mesmo diante deste grave quadro de ingerência nas eleições, Moraes, tido pela esquerda como o São Jorge que derrotaria o dragão do fascismo bolsonarista, se limita unicamente a dar declarações e a fazer promessas enquanto pouco ou nada é feito na prática. O golpe eleitoral segue firme, nos colocando diante da real e trágica possibilidade de termos que amargar mais 4 anos de Bolsonaro e, por tabela, a direita golpista no poder.

Se as autoridades tivessem a verdadeira intenção de impedir esses abusos golpistas já teria havido, no mínimo, dezenas ou centenas de conduções de patrões às delegacias para serem autuados e processados. As forças policiais já teriam feito inúmeras batidas em empresas e estabelecimentos comerciais com pesadas multas sendo aplicadas. Mas, o que vemos de tais autoridades é apenas jogo de cena. Os casos de multas relatados na imprensa, seja de esquerda ou direita, divulgam ocorrências que não são a regra. E alguém acredita que empresas como os frigoríficos Serradão e Frigobet do estado de Minas Gerais pagarão mesmo as multas aplicadas?

A esquerda há muito tempo já deveria ter se dado conta de que as instituições do estado burguês não existem para proteger o povo e os trabalhadores. Não estão alí para fazerem respeitar e cumprir as leis em benefício da população em geral. Não foram criadas para zelar pelo interesse do povo, independentemente de classe social. Tais instituições fazem parte da estrutura burocrática do estado para oprimir o povo trabalhador em beneficio e defesa do interesse da classe dominante. Essa é a verdade que não cansamos de repetir.

Diante desse quadro, e das consequências que dele podem advir, as organizações de representação dos trabalhadores, assim como os partidos de esquerda, precisam mobilizar suas bases para o enfrentamento contra essas ações arbitrárias e golpistas do empresariado. Com mobilizações, protestos e greves. O momento é muito delicado e as implicações para os trabalhadores, caso Bolsonaro vença as eleições, prometem ser muito duras. O momento pede ações mais enérgicas dos movimentos de esquerda. Se Bolsonaro vencer, será mais um sub golpe a ter êxito contra o país e seu povo desde o nefasto, e principal, golpe de 2016.

 

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