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Crônicas da Copa

Estamos no caminho certo para o hexa

O Brasil passeou em campo, jogou o que sabe, o futebol arte brasileiro

É dia de festejar. Foi só o primeiro jogo, foi só a primeira vitória, os primeiros dois gols, mas para chegar até a final, precisamos passar pelo começo.

Vamos festejar não só pela vitória que a Seleção Brasileira conquistou nessa estreia da Copa. Vamos festejar porque a vitória veio do jeito que o brasileiro gosta, com a Seleção dando um verdadeiro espetáculo com a bola nos pés. O Brasil ganhou e encantou.

O Brasil enfrentou um adversário consciente de sua inferioridade, que se retrancou como pôde. A Sérvia admitiu sua fraqueza, a fraqueza que todas as seleções que enfrentam o Brasil são obrigadas a reconhecer na prática, mas são dissimuladas por que não querem admitir que são inferiores ao futebol brasileiro. A Sérvia não dissimulou e tentou se segurar como pôde. A Sérvia, nesse sentido, foi gigante e nobre!

E o Brasil, vejam só, teve que iniciar sua jornada não contra um time fraco, sem tradição no futebol. O Brasil pegou uma pedreira.

O Brasil dominou o jogo todo. No primeiro tempo foi reconhecendo terreno, abrindo espaço. No segundo tempo, encontrou o espaço, um quase gol de Neymar, uma bola na trave de Alex Sandro e finalmente o primeiro gol de Richarlisson, um gol de um camisa 9, daquele centro-avante que está no lugar certo, na hora certa. Tanto é assim que parece que é a bola que o procura, não o contrário. Richarlisson pegou “apenas” 12 vezes na bola, marcou dois. Esse é o centro-avante.

Já o segundo gol, foi obra de arte. A começar pelo passe de Vinícius Jr. Avançando pela esquerda, levantou a bola com o pé direito na medida para Richarlisson. Este levantou de primeira, girou e deu um voleio no ar, quase uma meia bicicleta. O gol mais bonito da Copa já é do Brasil.

Ganhar é muito importante, mas ganhar com empolgação é muito melhor. E a Seleção empolgou. Casemiro ainda meteu uma boa no travessão, Antony, que entrou no final do jogo, deu elástico, os jogadores brasileiros passearam em campo.

É assim que vamos ser campeões, jogando com aquilo que temos de melhor que é o nosso próprio futebol, criativo, musical.

E como nem tudo são flores, vi comentários de gente que parece não ter sensibilidade pela arte. O oportunismo é realmente um veneno. Aproveitaram os dois gols de Richarlisson para criar uma intriga entre ele e Neymar. Para esses oportunistas, que não querem ver a arte vencendo, apenas duas ou três palavras. Não há nenhuma rixa entre Neymar e Richarlisson, pelo contrário, parece haver uma enorme sintonia no elenco todo.

Aliás, uma companheira veio me lembrar: “você adivinhou que o Richarlisson faria o primeiro gol”. Lembrei-me apenas posteriormente que numa coluna anterior eu havia chamado a atenção para a defesa que ele fez de Neymar. Ao ser perguntado sobre o jornal alemão que chamou Netmar de arrogante porque pintou uma sexta estrela no calção, Richarlisson falou que “arrogante são eles” e chamou o jornalista alemão de babaca. De fato, esse foi o primeiro gol do Brasil nessa Copa, quem marcou foi Richarlisson. E isso mostra não haver racha entre os dois e não adianta a imprensa criar artificialmente uma desavença.

É preciso dizer que Neymar jogou tudo e mais um pouco. O principal jogador do Brasil foi exatamente o oposto daquilo que o acusam de ser: arrogante, estrelinha, metido ou coisa que o valha. Neymar correu o campo todo atrás da bola, buscou criar jogadas e de fato criou. Prova disso é que Neymar já é o jogador que mais sofreu faltas na primeira rodada da Copa. Das 12 faltas da Sérvia, nove foram em Neymar. Mas o oportunista, para provar a sua tese, ignora os fatos.

Os dois gols de Richarlisson passaram pelos pés de Neymar, com destaque especial para o primeiro em que Neymar deixou para trás três marcadores da Sérvia sem encostar na bola, invadiu a área, deixou para Vinícius Jr. bater e no rebote Richarlisson marcou. Essa jogada de Neymar, além da criatividade individual, foi essencial para desorientar a defesa adversária.

Neymar saiu machucado, com o tornozelo inchado. Esperamos que não seja nada.

Esperamos também que Neymar, Richarlisson e os outros 24 jogadores, assim como a comissão técnica, não ouçam os oportunistas, nem os de esquerda, nem os da direita.

Mas é dia de festejar! E o povo brasileiro saiu na rua, festejou. Para os que passaram anos falando que o brasileiro não ligava para a Seleção, que não havia identidade com a Seleção, que não havia clima de Copa do Mundo; o povo, nessa quinta-feira mostrou o contrário. O povo quer o hexa, e o futebol quase impecável apresentado nesse jogo contra a Sérvia é o caminho certo.

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