O Partido da Causa Operária entrou em uma verdadeira guerra contra o autoritarismo do Supremo Tribunal Federal (STF). No dia 02 de junho, quinta-feira, o fascista de toga Alexandre de Moraes publicou um despacho que inclui o PCO no Inquérito das Fake News.
Ademais, o ministro determinou a intimação de Rui Costa Pimenta, Presidente Nacional do Partido, junto à Polícia Federal. Bem como ordenou o bloqueio de todas as contas das redes sociais da legenda.
O ato de Moraes vem em conjunto com uma série de excursões persecutórias por parte do STF contra os direitos democráticos da população. O suposto crime do PCO, da mesma forma que figuras da extrema-direita, como Allan dos Santos e Daniel Silveira, foi, simplesmente, falar.
Decerto que as intenções do PCO e dos bolsonaristas são completamente diferentes. O primeiro leva adiante uma reivindicação progressista no sentido da democratização do Estado burguês. Em outras palavras, é uma crítica ao modelo do Supremo e a seus ministros não eleitos por ninguém, modelo importado diretamente dos Estados Unidos.
Por outro lado, os bolsonaristas surfam nesta onda de autoritarismo do STF e fazem demagogias com as reivindicações do povo. Não estão interessados em lutar pelos direitos democráticos dos trabalhadores. Antes disso, tentam aumentar as suas popularidades por meio de críticas vazias a um sistema que, por definição, é antidemocrático.
De uma lado, o povo; do outro, a repressão
Fica claro que a reivindicação do fim do STF, por si só, deveria ser defendida por aqueles que se consideram progressistas. Afinal, é um passo primordial rumo a um governo dos trabalhadores exatamente no sentido de que representa uma política em prol dos direitos democráticos do povo.
Acima disso, o caso em questão é simples: de um lado, um Partido legalizado que defende as reivindicações dos trabalhadores. Do outro, um tribunal não-eleito pelo povo que está, com todas as palavras, censurando boa parte da imprensa do PCO e, de maneira geral, atacando a livre expressão de uma instituição, o partido, que é base do sistema vigente.
Nesse sentido, é evidente que toda a esquerda deve se colocar de maneira decidida contra o STF. Entretanto, não foi o que ocorreu.
Alexandre de Moraes: apontado pelo vice golpista
Quando no poder, após o golpe que derrubou Dilma, Temer apontou Alexandre de Moraes à uma cadeira no STF. Xandão, por sua vez, vinha de uma trajetória tucana. Só foi se desfiliar do PSDB no momento em que tomou posse no Tribunal.
Prontamente, os mais diversos setores da esquerda nacional vieram à público denunciar essa farsa. Afinal, Xandão era um tucano apontado à instância suprema do judiciário no Brasil por um vice-presidente golpista que não foi eleito por ninguém.
A Executiva do Partido dos Trabalhadores (PT), por exemplo, publicou uma nota oficial condenando a indicação de Moraes ao STF. No mesmo período, o PSOL publicou um artigo denunciando o Ministro e a indicação de Temer. Ou seja, ambas as legendas se posicionaram claramente contra a ingerência golpista que ocorria à época, mesmo que de maneira limitada.
E agora? O que mudou?
À época das notas supracitadas, a situação se colocava, de maneira clara, como uma luta contra o golpe que ainda estava fresco na memória do povo. Nesse sentido, era fácil se posicionar contra uma indicação que, de maneira flagrante, é antidemocrática. Ainda mais quando levamos em consideração que boa parte dessa esquerda foi conivente com o golpe, como é o caso do próprio PSOL.
Agora, a situação é outra. Os acontecimentos dos últimos anos colocaram o STF no centro da situação política no sentido de que tem se tornado o poder maior do Estado. É, em todos os sentidos, um tribunal de exceção.
Logo, temos aqui ainda mais uma prova da falta de princípios políticos por parte da esquerda. São reféns da oportunidade e, consequentemente, se moldam tal qual o momento.
Por isso, não ousam se colocar contrários às decisões ditatoriais do STF no momento em que o Tribunal atira para todos os lados contra os direitos do povo. Mesmo que, no passado, a esquerda tenha se colocado contrária ao Xandão. Finalmente, têm medo do fascista de toga e, por conseguinte, diluem a sua própria política.
Xandão teria mudado? Se tornou um bastião da democracia e dos direitos do povo? Foi de tucano para socialista? Decerto que não. Ainda possui os mesmos interesses, interesses que se baseiam no esmagamento do povo e de todo e qualquer aparato que garanta os direitos dos trabalhadores.
O erro é grande, mas a solução é simples
Apesar de tudo, a luta contra o STF e a ditadura do skinhead de toga ainda está em marcha. Nesse sentido, absolutamente todas as organizações, grupos, coletivos, partidos e personalidades de esquerda devem se posicionar na situação e se colocar à favor do PCO contra o STF.
Finalmente, o STF ataca o PCO agora. Todavia, o seu objetivo é outro e, mais especificamente, passa pelo ataque de absolutamente toda a esquerda até chegar à candidatura de Lula. Algo que já ocorreu no passado, por exemplo, com o Mensalão e a Lava-Jato.
Por isso, junte-se à campanha e envie sua declaração agora mesmo para participar da guerra contra a ditadura que, a cada dia, se aprofunda no Brasil. A contribuição é simples, mas o efeito é grande.
