Nesta semana, um primeiro sinal positivo em relação a campanha de Lula ocorreu. Em entrevista no programa do Ratinho, um bate papo de 30 minutos sobre os mais variados temas envolvendo as eleições e um eventual novo governo do petista, serviram para mostrar que este Lula é o mais radical desde as eleições de 1989.
Lula se definiu como um candidato que tem um objetivo maior nas eleições, de derrota do golpe e de defesa dos trabalhadores. Quando questionado pelo apresentador de que motivos estariam fazendo o ex-presidente concorrer mais uma fez, afirmou que “as circunstâncias políticas me fizeram candidato novamente”. A partir deste momento, Lula passou a defender de maneira enfática a necessidade de se aumentar o salário mínimo e desenvolver o País.
Um dos pontos que mais chamou a atenção foi os ataques que o candidato fez à política do golpe de Estado, sobrando até mesmo para Ratinho que Lula colocou que vive em “outra realidade”, diferente da do povo brasileiro. Lula se mostrou um candidato disposto a levar de fato as reivindicações dos trabalhadores, falando para um público mais popular, Lula não pensou duas vezes em destacar que o “povo quer do bom e do melhor”.
Lula, no terreno internacional, destacou que “FHC vivia de subordinação ao FBI e aos Estados Unidos”, atacando duramente os capachos dos imperialismo que governam o país. Indo além, afirmou que “Bolsonaro visitou a rainha da Inglaterra mas não visitou uma única família que perdeu seus entes na covid”. Lula, nesse sentido, também defendeu as relações com Cuba e Venezuela mesmo quando o apresentador tentou encurralar o candidato com a suposta defesa das “ditaduras”.
Além disso, Lula destacou que planeja tornar o Brasil um exportador de derivados de petróleo, e que quem destruiu esta política foi o golpe de estado dado contra Dilma Rousseff. Lula frisou que foram os golpistas que impediram o desenvolvimento nacional e que o golpe serviu justamente para este propósito. Como também, destacou a necessidade do desenvolvimento ferroviário nacional e da importância da intervenção estatal neste setor chave.
Em um dos momentos mais importantes, quando questionado se Lula era de esquerda, o mesmo afirmou: “Eu sou torneiro mecânico e um socialista refinado”, em uma declaração que expressa o radicalismo que acompanha toda sua candidatura.
Ademais, Lula atacou os órgão de repressão do Estado, afirmando que “a polícia ataca o trabalhador quando faz greve”, mas não faz o mesmo quando o patrão não aceita aumentar os salários. Lula se colocou na defesa dos direitos dos trabalhadores.
Defendendo casa, salário, comida e terra para os trabalhadores, Lula demonstra com mais clareza todo seu radicalismo. A candidatura de Lula é a candidatura dos trabalhadores contra o regime golpista, Lula expressa essa radicalização e sua política, mesmo com uma campanha à direita, é a mais esquerdista desde sua primeira eleição.