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Mato Grosso do Sul

Em 2022, 5 índios Guarani foram assassinados pelo latifúndio

Somente no ano de 2022, foram cinco execuções de índios Guarani assassinados pelos latifundiários apenas no Mato Grosso do Sul e mostra a necessidade de criar comitês de autodefesa

O estado do Mato Grosso do Sul registrou, no mês de dezembro, a quinta vítima indígena de assassinato do ano, a rezadora guarani Estela Vera, em Japorã. O assassinato ocorreu nesta última quinta-feira, dia 15, e a vítima (que era uma liderança espiritual da região) havia sido alvejada na cabeça diversas vezes, em um ataque de homens armados (jagunços) que invadiram a casa da rezadora e dispararam contra ela e sua família (dentre os quais crianças). A rezadora vinha recebendo ameaças de posseiros antes do ocorrido, após os ter denunciado.

A terra chamada pelos indígenas de Yvy Katu é um local tradicional, que foi retomado pelos índios de 2003 até 2013. Lá, todas as lideranças vêm sofrendo ameaças constantes, e o espaço que compreende o território está sendo alvo de invasões de arrendatários de terras, o que cria uma zona de conflito entre esses posseiros e os índios. Outra líder, Leila, vem sofrendo as mesmas ameaças que anteciparam a morte de Estela. Leila também denuncia os posseiros.

O latifúndio é implacável contra essas pessoas observando só no ano de 2022 os outros quatro assassinatos de indígenas ocorridos apenas no Mato Grosso do Sul. O primeiro deles foi do jovem de 18 anos, Alex Recarte Vasques Lopes, assassinado com pelo menos 5 tiros, próximo da fronteira com o Paraguai. Seu corpo foi jogado no lado paraguaio da fronteira. Segundo sua família, o jovem foi alvejado enquanto coletava lenha com os amigos, que conseguiram escapar. O crime até o momento não foi esclarecido, o que levou muitos índios a saírem em protestos pela morte do rapaz na região, cujos conflitos pela posse de terras se estendem desde maio de 2021. A segunda morte foi justamente devido a um desses protestos, ocorrido quando índios da aldeia Amambai ocuparam ainda no mês de maio deste ano parte da fazenda Borda da Mata, que fica em região índia conhecida como Guapo’y.

No dia 24 de junho, equipes do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul entraram em confronto com os índios que ocupavam a Borda da Mata. Nove indígenas e três policiais militares ficaram feridos, enquanto que o índio guarani-caiouá Vito Fernandes, de 42 anos, foi morto a tiros pelos policiais. A terceira vítima indígena no MS foi o também guarani-caiouá Marcio Rosa Moreira, que foi morto a tiros ao ser atraído para trabalhar em uma construção no perímetro urbano de Amambai, no dia 14 de julho. O último assassinado em Mato Grosso do Sul foi o comerciante e agricultor indígena Vitorino Sanches. Ele foi executado com 5 tiros nas costas por capangas, um mês após ele ter sobrevivido de outra tentativa de assassinato. Vitorino deu apoio à retomada em Borda da Mata e chegou a fornecer alimentos para o mesmo grupo, além de ter muita influência na escolha de novas lideranças na Aldeia Amambai.

Há uma grande violência contra a população de origem indígena brasileira em diversos estados, porém o Mato Grosso do Sul parece ser atualmente o epicentro disso tudo, com ataques constantes às lideranças, como mencionado. É preciso salientar a influência do latifúndio nisso e denunciarmos isso a todo custo. Cada vez mais esses índios, pobres e desamparados, vão necessitar do apoio dos trabalhadores do campo e camponeses, para juntos dar seguimento a essa luta que envolve todos pela terra

https://www.campograndenews.com.br/cidades/interior/palco-de-massacres-sul-de-ms-teve-4-indigenas-assassinados-em-2022

https://jornalistaslivres.org/homens-assassinaram-a-rezadora-guarani-estela-vera-em-japora-ms-2/

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