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Elon Musk

É sério que a imprensa imperialista vai acusar Musk de censura?

Novo dono do Twitter suspende contas de jornalistas que compartilhavam a localização dele em tempo real

Na última quinta-feira (15), diversos jornalistas que cobriam a vida de Elon Musk tiveram suas contas suspensas noTwitter. Isso porque uma nova regra sobre privacidade fora incorporada, afirmando que os usuários que praticam doxxing, ou seja, divulgação de informações privadas sobre pessoas na internet, recebem uma suspensão temporária de sete dias. Se enquadram “informações de localização em tempo real, incluindo informações compartilhadas diretamente no Twitter ou links para URLs de terceiros de rotas de viagem”.

Os jornalistas em questão, assim como uma conta que rastreava em tempo real o jatinho de Musk, compartilhavam a localização do empresário em tempo real e, por isso, se enquadraram na regra. Em sua conta oficial, Musk afirmou que “me criticar o dia todo não tem problema, mas divulgar minha localização em tempo real, colocando minha família em perigo, tem”.

“Sem comentar sobre nenhuma conta específica, posso confirmar que vamos suspender todas as contas que violarem nossas políticas de privacidade e colocarem outros usuários em risco […] Não fazemos exceções a esta política para jornalistas ou quaisquer outras contas”, afirmou a chefe de confiança e segurança da rede social, Ella Irwin.

Foram suspensos jornalistas do The New York Times, da rede CNN, do Washington Post, Micha Lee, do The Intercept, Matt Binder, do Mashable, além de jornalistas independentes como Aaron Rupar e Tony Webster. 

O The New York Times afirmou que as suspensões eram “questionáveis ​​e infelizes”, afirmando que ninguém recebeu nenhuma explicação para a medida.

Já a CNN disse que a “suspensão impulsiva e injustificada de vários repórteres […] é preocupante, mas não surpreendente”. A emissora pediu explicações e afirmou que “vamos reavaliar nosso relacionamento com base nessa resposta”.

Elon Musk vem sendo duramente atacado pela imprensa por suas ações no Twitter. Ele vem restaurando contas há muito banidas pela rede social por diversos motivos como “discurso de ódio”, “desinformação” e outras coisas do tipo — essas contas incluem, por exemplo, a do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, o qual inclusive criou sua própria rede social após ser banido de diversas outras redes.

A imprensa afirma que as atitudes de Musk são prejudiciais para a democracia, ferindo diversas leis ao redor do mundo e que levariam a empresa à falência, considerando que as pessoas não iriam mais aderir uma rede social que permite a total liberdade de expressão.

Agora, de súbito, reclamam que seus direitos estão sendo feridos, sendo que o que estão fazendo poderia inclusive se classificar como espionagem. Compartilhar a localização em tempo real de alguém, ainda mais de uma pessoa conhecida, tende a atrair diversos problemas — e como colocar seu endereço em qualquer fórum estranho da internet e depois colocar um alvo desenhado no peito.

Isso que nem mesmo as contas foram banidas, apenas suspensas por uma semana como forma de aviso de que a nova regra existe, mas elas irão voltar a funcionar normalmente após o período.

Obviamente que nem isso deveria ser feito. Um aviso deveria ter sido dado aos praticantes do ato, afirmando que aquilo que estava sendo feito não está mais permitido na plataforma. Nesse caso devemos observar que Musk, além de provavelmente já estar cansado do assédio da imprensa, é um membro da burguesia e não irá cumprir o princípio de maneira integral — mesmo que boa parte seja concreta, baseada em seus interesses, outra parte de sua luta pela liberdade de expressão é mera demagogia.

Mas o fato principal a ser destacado é como existe, sim, uma briga interna entre a burguesia imperialista. Afinal, de um lado, Musk defende a liberdade de expressão de maneira limitada e, por isso, está sendo atacado por outro setor do imperialismo que defende a censura completa. Um embate que vem à tona por meio da imprensa e afins.

Musk faz parte da classe, mas é de um setor de extrema-direita, ligado ao trumpismo, já tendo sido inclusive o homem mais rico do mundo por um tempo, ultrapassado recentemente por um francês. O restante da burguesia, em sua maioria proveniente do Partido Democrata, procura manter altos níveis de demagogia com pautas identitárias, aumentando, ao mesmo tempo, o cerceamento aos direitos democráticos da população.

Ou seja, enquanto Musk faz demagogia defendendo os direitos democráticos, sobretudo a liberdade de expressão, o qual ele mais faz campanha a favor, os outros setores, que possuem maior controle da imprensa e da política nacional, procuram cercear esses direitos usando diversas formas de demagogia para tentar convencer a população de que eles estão lutando pela democracia e que, para isso, nenhum direito mais deveria ser respeitado.

Essa briga tem se expressado nas ações de Musk e na reposta da imprensa – ou seja, da burguesia – ao empresário por meio de suas ações como novo dono do Twitter. O fato é que nenhum dos dois se importa com os direito efetivos da população, mas a crise do sistema faz com que contradições como essa apareçam, levando a discussões dentro da burguesia à tona e as acirrando.

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