O Partido da Causa Operária, como conhecido dos militantes, simpatizantes e até inimigos do Partido, dá grande importância a sua máquina de imprensa. Como um Partido revolucionário, o convencimento político e a divulgação do programa partidário para a aglutinação da vanguarda dos trabalhadores e o progresso da consciência das amplas massas são essenciais para o PCO, e por isso ele conta com amplos veículos. Agora, neste sábado, dia 19 de novembro, mais um canal de imprensa será inaugurado pelo Partido: o Dossiê Causa Operária.
Após a modificação no formato do Jornal Causa Operária, semanário impresso do Partido, que adotou um formato mais popular, menor, com o valor de um real, e linguagem mais acessível, o papel do antigo JCO, de debate teórico, cultural e político mais aprofundado periódico se abriu. Ao invés de um único veículo se destinar às campanhas de rua e a um aprofundamento maior, agora o Dossiê irá focar apenas no debate aprofundado. A publicação, quinzenal, contará com 32 páginas, abordando temas de maneira mais completa, com espaço para entrevistas, notícias e polêmicas dentro de um único tema. Assim, o maquinário de imprensa do PCO se torna mais ainda mais completo.
Um arsenal de guerra dos explorados
O PCO tem uma série de publicações, algumas destinadas a jornalismo, outras a teoria, a polêmicas, e distribuídos numa variedade grande de meios de comunicação, em formatos variados. O arsenal do Partido conta com o jornal Causa Operária, um jornal popular impresso, como comentado, o Diário Causa Operária, jornal diário pela internet, com uma série de blogs relacionados, a Causa Operária TV, canal de televisão 24 horas no ar, transmitido pelo Youtube, além do canal da Rádio Causa Operária, com programas próprios e podcasts, do canal oficial do PCO, que também conta com programas exclusivos, o Jornal Partido, publicação digital semanal em formato de revista, que noticia as atividades do Partido, além de abordar polêmicas importantes e mais uma série de publicações impressas.
O Partido também tem coletivos, e cada um deles tem publicações próprias. As revistas mensais Mulheres, do coletivo de mulheres Rosa Luxemburgo, aborda a questão da mulher, a João Cândido, do coletivo de negros de mesmo nome, a questão do negro, a Juventude Revolucionária, da AJR, os problemas da juventude, a Análise Sindical aborda as pautas mais ligadas à área do trabalho, e é publicação da Corrente Sindical Nacional Causa Operária – CSNCO, a revista Breton, do coletivo de artistas, Grupo por uma Arte Revolucionária e Independente – GARI, aborda a arte e a cultura de maneira debruçada, e a recém inaugurada Zona do Agrião, aborda os espores e, em particular, o futebol e a revista Internacionalismo, que será inaugurada em dezembro e irá abordar detalhadamente a política internacional. Os coletivos, além disso, organizam panfletos, alguns regulares, como os da CSNCO, tanto gerais como específicos de categoria (metalúrgicos, trabalhadores dos frios, professores, ecetistas, etc), como panfletos ocasionais dos outros coletivos.
A imprensa do Partido ainda conta com publicações destinadas exclusivamente à teoria marxista, e também em grande variedade. A Biblioteca Socialista Mini é uma coleção de pequenos textos clássicos do marxismo em livretos, todos curtos, baratos e selecionados como material para introdução ao marxismo, abordando uma série de temas e de vários autores, como Trótski, Plekhanov, Rosa Luxemburgo, etc. Ainda, o Suplemento de Teoria Marxista é uma publicação maior, em formato de revista, cada uma com uma coleção de textos com enfoque em um tema específico, por exemplo o suplemento “Marxismo e Anarquismo”, que aborda as polêmicas entre as duas correntes políticas. A coleção Polêmicas reúne um conjunto de textos escritos pelo próprio Partido em polêmica com outros setores, em formato de livreto, cada um contendo uma polêmica específica, a exemplo do que aborda o programa do PSOL, escrito pouco após a fundação daquele partido. O Jornal Livro, já contém livros inteiros. Em formato de revista grande e em papel jornal, a publicação traz livros inteiros para a militância numa versão acessível a um público mais pobre, algo essencial em publicações teóricas. Não apenas esses, mas o Partido também publica uma série de livros de maneira menos regular, como o Programa de Transição de Leon Trotski, com tradução do Partido, e o livro A era da censura das massas, de autoria própria dos companheiros Rui Costa Pimenta e João Jorge Caproni Pimenta, que aborda a censura “branda” que se intensificou na internet, pelas redes sociais. Além desses, o PCO também publica outros livretos de tradução própria para cursos que dá, como para a Escola Marxista, para a qual foi publicado, por exemplo, o texto de Trotski: Bolchevismo e stalinismo.
Lançamento do Dossiê
O evento contará com palestras de lançamento e coquetel para comemoração, que contará com participação dos militantes do Partido, redatores e simpatizantes. Todos os interessados estão convidados a participar e prestigiar mais esse passo da imprensa operária no Centro Cultural Benjamin Péret, na rua Serranos, número 90, neste sábado, às 19 horas. O avanço da imprensa do PCO representa um avanço de todos os explorados, e prepara o Partido para uma intervenção ainda mais enfática na situação política, por um governo dos trabalhadores, para o período que se avizinha.