O segundo turno no estado do Rio Grande do Sul foi dominado pela campanha do “mal menor”, impulsionada pela própria esquerda que por fim apoiou a candidatura tucana de Eduardo Leite. Prometendo ser o verdadeiro oposto ao bolsonarismo, Leite foi eleito com apoio expresso do Partido dos Trabalhadores a fim de derrotar o candidato de Jair Bolsonaro no estado.
No entanto, justamente na capital, Porto Alegre, onde vigora desde 2020 a dobradinha entre MDB e PSDB, os partidos “democráticos” que apareceram na reta final das eleições, é onde ocorre os principais ataques à população. É justamente em Porto Alegre, onde em um caso típico dos governos tucanos, 41 escolas ficaram simplesmente sem merenda na cidade.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação afirmou que 68 funcionárias foram demitidas nesta segunda-feira (31) pela empresa terceirizada contratada pela prefeitura para cuidar das refeições. A empresa em questão, contratada pelo PSDB e MDB, abandonou suas responsabilidades em menos de um mês de prestação de serviços, revelando um esquema casado com a prefeitura.
Com o rompimento recém oficializado, a prefeitura que está nas mãos dos golpistas vem deixando milhares de alunos simplesmente sem merenda escolar. O caso também revela o golpe por parte destas alianças entre prefeitura e empresas privadas por meio da terceirização. Segundo os tucanos, a terceirização seria uma maneira de “otimizar” o trabalho e evitar grandes despesas, até mesmo casos de corrupção envolvendo as merendas escolares. No entanto, a terceirização tucana apenas serviu para demonstrar que é justamente a operação de deixar partes fundamentais do funcionamento das escolas que vem destruindo o ensino na cidade.
Além de Porto Alegre, outras cidades passam pelo mesmo problema. No passado, Geraldo Alckmin em São Paulo, quando ainda estava no PSDB, também ganhou notoriedade pelo escândalo das merendas, onde o dinheiro utilizado foi desviado para o bolso dos capitalistas enquanto milhões de crianças ficaram sem as principais refeições no estado. Esta é uma clássica política tucana, a privatização de questões fundamentais para a população e a total destruição do ensino público. Sem merenda, grande parte das famílias não tem condições de manter o estudo do aluno, que por sua vez faz, na grande parte das situações, suas refeições na própria escola.