O Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo do PCO está em contagem regressiva para a Conferência Nacional que será realizada nos dias 26 e 27 de março de 2022 em São Paulo. Inscreva-se aqui 🙂
No coletivo Rosa Luxemburgo participam as mulheres filiadas e militantes do PCO, mulheres de outros partidos ou mesmo sem partido, todas que se identificam com a luta marxista pela liberdade das mulheres. As reuniões acontecem aos sábados às 13h. O Coletivo Rosa Luxemburgo possui a revista “Mulheres”, um blog Portal Mulheres no Diário Causa Operária – DCO; uma coluna no Jornal Partido; um programa na Causa Operária TV – COTV no YouTube TV Mulheres inscrevam-se lá! Uma coluna no Jornal Causa Operária, faça uma assinatura! Além de Twitter, Facebook e Instagram. É o esforço coletivo das mulheres revolucionárias do PCO a fim de divulgar cada vez mais a luta marxista das mulheres.
O objetivo desta conferência nacional é a organização das mulheres neste ano, que é fundamental na luta política. Ano de eleições em que o país está polarizado, em que a esquerda cada dia mais está perdida, levada pela infiltração do identitarismo pelo imperialismo.
É fundamental essa organização, pois são as mulheres as maiores prejudicadas dentro do sistema capitalista. O governo fascista de Jair Bolsonaro levou a situação das mulheres a desgraça total, desde a sua posse e mesmo antes, com o golpe de 2016 contra a ex-Presidenta Dilma Rousseff, programas e ações voltados para mulheres sofrem com falta de investimentos, e os casos de violência doméstica e feminicídio não param de crescer.
Desde 2019, o Ministério das Mulheres administrado pela Ministra Damares Alves, inimiga total das mulheres, usou apenas ⅓ das verbas a serem destinadas entre outras coisas, para o combate à violência que no último ano cresceu mais de 26%; e também poderia ter usado as verbas para combater a fome, pois com a pandemia Covid-19 a crise econômica se aprofundou e o desemprego entre as mulheres cresceu em 17,1%, deixando mulheres e seus filhos na miséria.
Essa catástrofe fez com que mais de 60% das mulheres assumissem o trabalho escravo doméstico no período, afim de cuidar das crianças, idosos e dos doentes e sequelados da Covid 19. O percentual de mulheres em situação de rua cresceu de 14,8% em 2019, para 16,6% em 2021. Lembrando que apesar dos homens serem maioria nas ruas, e por isso as políticas públicas para pessoas em situação de rua são voltadas para eles, as mulheres são as maiores vítimas de violência tanto física quanto sexual, e em relação a saúde, higiene, absorventes… tudo a desejar, pois o número de abrigos femininos são muito pequeno e os postos de saúde não tem politicas de saúde para esse fim.
O Coletivo Rosa Luxemburgo vem repetidamente chamando as mulheres para a formação de comitês de auto-defesa, já que está claro que o aprofundamento de leis repressoras não diminuíram a violência contra as mulheres, pelo contrário, como dito acima só vem aumentando. Aguardar que as instituições nos defendam é uma fantasia mantida pelo feminismo da esquerda pequeno burguesa. Mulheres da periferia, mulheres negras, mulheres indígenas, todas elas são duramente atacadas pelas instituições, portanto também pedimos o fim das polícias militares.
Dentro da violência contra as mulheres, é importante pontuar a violência obstétrica, símbolo das políticas de extermínios em curso no país centradas em mulheres vulneráveis. Às mulheres não é permitido escolher ser ou não mãe, pois o aborto é ilegal no Brasil, e mesmo com a descriminalização, as mulheres que teriam direito a fazê-lo devido a estupro, perigo de morte da mãe ou feto anencéfalo, as mulheres tem muita dificuldade em conseguir permissão, inclusive de juizas mulheres que não tem sororidade nenhuma com a miséria das mulheres que não são de sua classe social.
E também temos que denunciar a indústria das cesarianas, a fim de “facilitar” o trabalho médico, pois hospitais e profissionais que se dizem da saúde, não querem “perder tempo” acompanhando um parto normal, que dura horas e que ao invés de ser xingada, a mulher precisa de apoio e cuidados. É possível ter um parto humano, com apoio e orientação as mulheres têm a possibilidade de ter um parto normal tranquilo para ela e seu bebê.
As mulheres não têm nenhum direito de escolha, e também direito nenhum na hora de criar seus filhos. O número de creches é totalmente insuficiente para a demanda existente, sem contar que muitas mulheres que trabalham em horários diferentes do comercial, não tem creche para seus filhos, sim, muitas mulheres trabalham a noite, nos finais de semana e em feriados, e acabam tendo de pagar apesar de serem as mais mal renumeradas, para alguém cuidar de seus filhos.
Outra discussão importante é sobre o identitarismo, movimento criado no berço do imperialismo a fim de enfraquecer a luta coletiva dos trabalhadores e totalmente comprada pela esquerda pequeno burguesa. O identitarísmo divide a classe trabalhadora e usa das demandas próprias das mulheres, povos negros, povos indígenas, grupos LGBTQI +, para defender pautas neo-liberais.
Portanto camaradas, faz-se de suma importância nos mobilizarmos, a direita está trabalhando o tempo todo contra as mulheres, e a esquerda identitária não percebe que estão prestes ao fiasco total. Certamente que alguns estão de acordo com o imperialismo, mas nós do coletivo Rosa Luxemburgo estamos atentas e fortes!
Fora Bolsonaro, Lula Presidente 2022.