Nos últimos dias, chuvas intensas têm sido registradas em vários estados brasileiros. Com elas, uma série de desabamentos, deslizamentos e transbordamentos também vêm ocorrendo, colocando a população em risco.
Em Santa Catarina, por exemplo, 30 pessoas ficaram ilhadas no último sábado (26) e tiveram que ser resgatadas após intensa chuva em boa parte das cidades do estado. Além disso, foram registrados dezenas de casos de deslizamentos e desabamentos. O mesmo foi visto em Curitiba na segunda-feira (28), que teve duas rodovias nas quais foi registrada a queda de barreiras.
Em São Paulo, a situação não é diferente. Durante o jogo do Brasil na Copa do Mundo dessa segunda-feira (28), uma série de alagamentos foi registrada em toda a capital do estado mais rico do País. Na Zona Leste, por exemplo, chegou ao ponto de que o transbordamento de córregos resultou na interrupção da circulação de trens.
Os episódios citados somam-se ao desastre que ocorreu em Petrópolis, no Rio de Janeiro, no começo deste ano, quando pouco menos de 200 pessoas morreram em decorrência das chuvas na cidade que resultaram em uma série de deslizamentos. Um número de mortes maior do que o oficial registrado no Massacre de Carandiru.
Temos aqui provas cabais de que a burguesia nada faz para ajudar o povo. Afinal, a ocorrência de chuvas é algo natural que não deveria ser motivo de absolutamente nenhum problema. Os alagamentos, deslizamentos e demais eventos relacionados a isso são facilmente corrigíveis caso o Estado se preocupe minimamente em fazê-lo, o que claramente não é o caso.
Nesse sentido, temos também um efeito direto do golpe de Estado de 2016 que, ao mesmo tempo em que deixou o povo mais pobre, precarizou boa parte dos serviços públicos, incluindo aqueles relacionados à manutenção e à construção de novas estruturas destinadas a impedir que esse tipo de coisa aconteça.
No fim, a burguesia serve para atacar os trabalhadores como forma de manter o seu próprio poder. Roubam o patrimônio da classe operária e destroem as suas cidades, praticando uma verdadeira política de terra arrasada contra os trabalhadores. A única forma de reverter isso, portanto, é por meio da mobilização popular que, pressionando os capitalistas a agirem contra os seus interesses, viabiliza os seus objetivos.