Após uma semana, o desastre envolvendo o tatuzão, toneladora responsável por escavar túneis para obras do metrô e uma galeria de esgoto da SABESP (Companhia de saneamento básico do Estado de São Paulo), continua causando transtornos a população de São Paulo e de toda região metropolitana. A trepidação do equipamento causou o rompimento da galeria de esgoto ao lado de uma futura estação da linha, inundando toda a obra.
O ocorrido teve como consequência a abertura de uma enorme cratera na pista local da marginal Tiête, devido ao rompimento do asfalto da via e também a paralisação das obras da linha 6 do metrô. Houve o desvio improvisado do trecho prejudicado e o tatuzão permanece submerso no esgoto.
Os trabalhadores serão os maiores prejudicados com a situação. Haverá o atraso ainda maior da conclusão das obras da linha, que liga a região da Brasilândia, extremo norte de São Paulo, com o centro da cidade. Dessa maneira, o deslocamento diário desses trabalhadores continuará na dependência dos ônibus, que com a restrição da via, enfrentarão maiores trechos de trânsito, acarretando no aumento do tempo gasto entre o trajeto de casa ao trabalho.
As obras da linha 6 do metrô fazem parte das famosas parcerias público-privada, as PPPs, sempre apresentadas pelos sucessivos governos tucanos no estado de São Paulo como a solução para o transporte. Porém o resultado dessa política é nítido: obras intermináveis, lucro para os empresários e políticos envolvidos e a superlotação dos terminais de ônibus, único meio de locomoção entre as áreas mais afastadas da cidade como o centro.
Como sempre, já houve a declaração culpando a instabilidade do solo que causou o suposto acidente seria das recorrentes chuvas neste período ano, porém essas já castigam a cidade antes mesmo do domínio tucano no estado. Moradores de diversas áreas de São Paulo e da região metropolitana, sofrem há anos com o problema das enchentes e nunca viram medidas efetivas para o problema. Ano após ano seguem perdendo seus poucos pertencem encharcados para o descaso da política do PSDB.
A recente oposição demagógica entre os políticos tucanos e o governo Bolsonaro dão uma falsa impressão de que o partido defende os direitos democráticos da população. João Doria, que durante a pandemia com a política do “fique em casa” e a falsa defesa da vacina, que chegou tardiamente ao estado, colocou toda a classe média e a esquerda pequeno- burguesa no bolso. Vale lembrar que para ser eleito aderiu a tenebrosa aliança batizada de Bolsodória. Algo que também remete a essa ideia, são os boatos da chapa Lula/ Alckimin (PSB), que leva até os pseudo- intelectuais da esquerda a acreditarem na redenção do eterno tucano, mesmo que este, assim como Dória foram os principais apoiadores do golpe de estado em 2016, que derrubou a presidenta Dilma.
O projeto político do PSDB seja no âmbito estadual ou nacional é a política neoliberal levada ao extremo, através das privatizações: a entrega do patrimônio público para o lucro particular da burguesia.
Para que esse objetivo seja alcançado, o partido se esforça para sucatear ao máximo o serviço público, justificando assim a imposição dessa política assassina que visa massacrar a população pobre e fortalecer o domínio do imperialismo norte-americano no Brasil. O verdadeiro motivo do desastre ocorrido é a terra arrasada que o governador João Doria promove no estado de São Paulo.
A necessidade de uma ampla mobilização popular se mostra cada vez mais urgente para que possamos varrer de vez essa corja fascista do poder público em nosso país. É preciso mobilizar pelo fora Doria e fora Bolsonaro, por uma candidatura de Lula com um vice que represente os anseios da classe trabalhadora, longe da figura falida do tucano envergonhado Geraldo Alckmin.
Um governo popular é a única opção para nos livrarmos desse partido fascista que serve diretamente aos interesses do imperialismo às custas da repressão e empobrecimento da classe trabalhadora brasileira.